Cresce no setor industrial a preocupação em ganhar competitividade sem aumentar os impactos ambientais. Empresários e ambientalistas buscam alternativas para isso
Patricia Büll
São Paulo - Um dos desafios da indústria moderna é melhorar a competitividade sem causar mais impacto ambiental. Não por acaso, o tema vai nortear, amanhã, no Rio, o terceiro seminário da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que busca caminhos para que o setor deixe de ser visto como o vilão do meio ambiente.
“As empresas precisam pensar o produto de forma sustentável em toda a cadeia, de maneira que, após a sua utilização fim, possa ser reaproveitado, seja no próprio artigo ou na criação de um novo produto”, diz o especialista em reciclagem Adriano Assi, diretor da EcoBrasil, empresa que promove a feira Exposucata, que também começa amanhã, em São Paulo.
Um caminho para isso, diz ele, é o ecodesign: a criação de embalagens que possam ser reaproveitadas. Como exemplo ele cita as empresas de bebidas, que substituíram o rótulo de papel, que usava cola e impedia sua reutilização, por um plástico que gruda a partir de altas temperaturas. “Dessa maneira, elas conseguem separar o rótulo e o vidro, reutilizando os dois materiais”, afirma Assi.
Entretanto, diz, as empresas ainda engatinham na questão. “A concorrência faz que elas pensem a embalagem, por exemplo, mais como um diferencial, e não como algo sustentável”.
Veículo: Brasil Econômico