Em períodos de crise econômica, a gestão ambiental se torna um negócio economicamente sustentável para as empresas de diversos segmentos. Reduzir o consumo de água e energia, além de dar uma finalidade correta aos materiais gerados, incluindo o reaproveitamento e a reciclagem, gera economia em todas as áreas. Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) revelou que o setor de tratamento de resíduos industriais no Brasil deve crescer 26% nos próximos cinco anos e atingir a cifra de R$ 16,3 bilhões em negócios no País.
De acordo com a gerente da Lafaete Gestão Ambiental, Ester Silva, é necessário realizar um plano de gerenciamento detalhado de acordo com o empreendimento. «Primeiramente, é fundamental analisar qual a melhor solução para tornar o empreendimento sustentável ambiental, social e economicamente. No que envolve a geração de resíduos, é preciso verificar quais são gerados, analisar a possibilidade de redução da geração e, em caso de geração, selecionar as empresas certificadas para tratamento e destinação apropriada dos resíduos», afirma. Segundo ela, escolher uma empresa para fazer a gestão ambiental é fundamental para obter segurança dos processos e evitar que as empresas sejam corresponsáveis por ações indevidas e até autuações, principalmente pelo fato de existir a disposição final clandestina que pode proporcionar danos ao meio ambiente.
Entre os ganhos proporcionados pela implantação da gestão ambiental está a redução da geração de resíduos. Os resíduos gerados podem ser devidamente separados, proporcionando o reaproveitamento e retorno à cadeia produtiva. Segundo Ester Silva, “o procedimento adotado pela Lafaete é coleta seletiva dos resíduos para posterior destinação em local de disposição final ou área de transbordo e triagem, para que seja feita a seleção dos resíduos, que, posteriormente, seguirão para o tratamento em destino final”. Com a implantação do plano de gestão no empreendimento, cada resíduo terá uma destinação apropriada. Há empresas que chegam a 100% de reaproveitamento, conseguindo uma economia considerável e com redução de até 30% nos custos. De acordo com ela, “o foco é orientar para que haja a menor geração de resíduos possível e, havendo geração, oferecer solução para reuso das sobras”. Mesmo em época de crise na economia brasileira, o investimento nessa área é fundamental para reduzir os gastos em outros setores.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG