Em cinco anos, empresa dobrou taxa de reciclagem de suas embalagens no Brasil e deve zerar as emissões de gás de efeito estufa até 2030
Há dez anos, a Tetra Pak anunciou uma meta climática para, até 2020, limitar seu impacto em toda a cadeia de valor aos níveis de 2010. Ano passado, o objetivo não só foi atingido, como superado, reduzindo em 70% as emissões de gases de efeito estufa em suas operações (escopos 1 e 2) e em 19% se considerada toda a cadeira de valor. Os dados foram publicados este mês na última edição do Relatório de Sustentabilidade da companhia.
Agora, a companhia vai além e foca no alcance das metas de 2030, que são zerar emissões líquidas em suas operações assim como reduzir os GEE em 46% em toda a cadeia de valor (com base no ano de 2019). A cadeia de valor, aliás, representa um dos objetivos mais ousados da organização: garantir que seus fornecedores, clientes e parceiros sejam carbono neutros. Todos esses números foram estabelecidos junto à iniciativa Science Based Targets (SBT), que identifica e promove abordagens inovadoras para a fixação de metas ambiciosas e significativas de redução de emissões de GEE.
“A Tetra Pak foi fundada a partir da ideia de que uma embalagem deve economizar mais do que custa, considerando sempre a sustentabilidade como a essência do negócio. Desde 1999, a companhia tem recolhido dados anuais sobre a utilização de energia e emissões de gases de efeito estufa de toda a organização, sendo as suas contas auditadas por uma consultoria desde 2013”, explica Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul.
Brasil
Uma das maiores operações da empresa no mundo, a Tetra Pak Brasil teve grande contribuição para a melhora dos índices globais. Em 2020, 108 mil toneladas de embalagens cartonadas foram recicladas no país, o equivalente a 43,7% de toda a produção local. Acima da média internacional, o índice tem crescido gradativamente e chegou a dobrar nos últimos cinco anos, resultado de diversos investimentos na cadeia de reciclagem, parcerias com o poder público e campanhas de conscientização sobre o descarte adequado de resíduos.
“A embalagem do futuro é de baixo carbono e a Tetra Pak conta com um portfólio de embalagens, máquinas e serviços que promovem exatamente isso: uma economia circular na qual toda a cadeia de valor é otimizada para um impacto climático mínimo. Ficamos felizes em perceber todos os avanços registrados em nosso Relatório e garantimos que índices ainda mais sustentáveis estão por vir”, afirma Valéria.
Entre os projetos de destaque em 2020, esteve o apoio financeiro a catadores de materiais recicláveis por meio de parceria com a startup Ribon. A iniciativa consistiu em engajar milhares de indivíduos a fazerem doações virtuais por meio do aplicativo da Ribon. Para isso, os usuários precisavam acessar o aplicativo e ler os conteúdos sobre diferentes iniciativas, acumulando, assim, moedas virtuais, chamadas ribons. Os ribons doados à causa dos catadores tornaram-se reais por meio do investimento da Tetra Pak. Os valores foram enviados à ONG Pimp My Carroça, que distribuiu a renda mínima entre os catadores cadastrados no aplicativo Cataki.
Outra redução relevante no período foi em relação ao consumo de energia. Desde 2011, foram investidos, globalmente, mais € 16 milhões em eficiência energética, evitando que o consumo de energia aumentasse 23% neste período. No Brasil, a companhia utiliza apenas energia 100% renovável desde 2012 e também tem fortalecido seus programas neste âmbito.
A unidade de Monte Mor (SP), por exemplo, elevou em 28% a sua eficiência energética nos últimos cinco anos (ou seja, gasta 28% menos energia para produzir a mesma quantidade de embalagens). Já na fábrica de Ponta Grossa (PR), a redução no consumo de energia elétrica foi de 6% no mesmo período.
Redação SuperHiper