Pesquisa da KPMG revela que um número significativo de empresas se encontra em estágio inicial na adoção da nova tecnologia
Uma pesquisa da KPMG sobre Indústria 4.0 no Brasil apontou que 82% das grandes indústrias e 75% do agronegócio já mantêm iniciativas relacionadas a esse conceito. Apesar disso, o estudo mostrou que, entre os projetos em andamento apontados como sendo os mais relevantes pelas empresas, mais da metade deles (56% em manufatura e 58% em agronegócio) já está em produção. Já o restante (44% em manufatura e 42% em agronegócio) ainda está no estágio inicial.
“O que chama mais a atenção não é o volume de empresas que já aplicou esse conceito na prática, mas a quantidade delas em que as iniciativas principais estão em fases experimentais e de desenvolvimento, indicando um grande potencial para evolução e amadurecimento nos próximos anos. Os investimentos em tecnologia e automação vêm acontecendo, motivados para alcançar novos patamares de produtividade, no entanto, parecem ser iniciativas”, afirma o sócio de indústria 4.0 da KPMG, Luiz Sávio.
Dentre as iniciativas relacionadas à indústria 4.0 já em produção e que são consideradas as mais relevantes pelo agronegócio e manufatura, a pesquisa citou as cinco principais que são as seguintes: modernização e integração de sistemas (17%), da digitalização, otimização e coleta de dados (15%), logística e rastreabilidade (11%), automação e robotização (9%); sensorização e internet das coisas (8%).
“De forma geral, as grandes manufaturas e o agronegócio no Brasil ainda perseguem o conceito que, em nossa visão, melhor define o conceito de indústria 4.0, especialmente, pelo baixo nível de integração entre os sistemas e desafios na coleta e no tratamento de dados. Cabe ressaltar que, tanto na indústria quanto no agronegócio, o nível de adoção ou de maturidade de evolução da indústria 4.0 não necessariamente reflete a capacidade de investimento total em tecnologia e inovação de uma empresa”, finaliza. No agronegócio, os entrevistados apontaram uma aceleração na expansão da conectividade no campo neste último ano, enquanto na manufatura, a capacidade de uso dos dados foi um aspecto relevante bastante comentado, sobressaindo-se inclusive ao tema de automação. A pesquisa identificou ainda que muitas organizações estão aumentando, significativamente, a capacidade de coleta e armazenamento de dados, mas ainda buscando a melhor governança, modelo e cultura organizacional para tirar o maior valor possível, tanto do ponto de vista da melhoria da eficiência operacional, quanto do desenvolvimento de novos modelos de negócios a partir do valor dos dados.
Redação SuperHiper