Redecard não vai ressarcir lojista por falha

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A pane na véspera de Natal, que causou "intermitências" nas redes da Redecard por quase cinco horas, não atrapalhou os resultados do quarto trimestre e nem representa um obstáculo ao avanço dos negócios, assegura o presidente da empresa, Roberto Medeiros. Depois de ter encerrado 2009 com lucro líquido de R$ 1,394 bilhão, 16,6% superior a 2008, o executivo esclarece que mesmo com as falhas que causaram instabilidade por, a Redecard manteve, em 24 de dezembro, a disponibilidade de rede prevista em seus contratos, o que quer dizer que não caberá nenhuma compensação decorrente do episódio.

 

"A rigor, como se viu no resultado, (a falha) não atrapalhou em nada. A intermitência foi resolvida no mesmo dia e 1 milhão de transações foram realizadas das 12 às 16 horas." Segundo o executivo, os sistemas não chegaram a ficar totalmente fora do ar, ocorrendo interrupções momentâneas quando os dados tiveram de ser transferidos da rede principal para o "back up", situação que se repetiu por diversas ocasiões naquela tarde. "Não há o que ressarcir aos lojistas, o que temos feito é buscar alternativas, promoções para alavancar as vendas, já que o aumento do número de clientes significa taxas mais competitivas."

 

Com a entrada de, pelo menos, um novo concorrente no mercado, com Santander/GetNet, e o fim oficial da exclusividade existente entre bandeiras e adquirentes em julho, quando acaba o acordo entre Cielo e Visa, a expectativa de Medeiros é que se observe queda gradual das taxas de desconto, sem, contudo, redução drástica no número de terminais. A taxa de administração líquida, que exclui a fatia que vai para a bandeira e para o emissor, caiu de 1,49% para 1,44% de 2008 para 2009 e essa tendência deve prosseguir no avançar de 2010.

 

Com 987 mil terminais espalhados pelo país, Medeiros não vê diminuição significativa nesse número. "Só 21% do consumo privado no Brasil é feito por meio eletrônico, só vejo crescimento."

 

Nas demonstrações de 2009, a credenciadora mostrou evolução tanto no lado das receitas quanto das despesas, que caíram. O resultado operacional de caixa (lajida) cresceu 24,4% em comparação a 2008, a R$ 2,199 bilhões, com receitas líquidas de R$ 3,077 bilhões (aumento de 18,9%). No período, a credenciadora capturou R$ 148 bilhões em transações, com incremento de 18,9%. (AC)
 

 

Veículo: Valor Econômico


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