Em loja que falta cartão...

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Todos brigam e ninguém tem razão, mostra o apagão de Natal da Redecard

 


Entra ano, sai ano, o cenário não muda. As compras de Natal ficam sempre para a última hora, lotando as lojas de todo o mundo nos dias 23 e 24 de dezembro.
No Brasil, quem sacou da carteira um cartão de crédito ou débito da bandeira MasterCard para fazer algum pagamento na véspera do feriado, provavelmente não conseguiu. Uma pane nas operações da Redecard, que administra a rede de pagamentos dos selos MasterCard, Diners, Maestro e Redeshop, impossibilitou as transações por cerca de cinco horas, até às 17h do dia 24. Prejuízo geral, inclusive para a empresa, que perdeu receitas milionárias. A Redecard estima que 2,8 milhões de transações deixaram de ser realizadas, para desespero de consumidores e comerciantes.

 

 

O que aconteceu? Mais um mistério a ser resolvido no País do Apagão. Em nota ao mercado, a Redecard afirmou que “a instabilidade teria sido causada por uma falha no sistema de comunicação de dados”.
Descontente, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) exige mais informações e pode entrar com uma ação coletiva na Justiça contra a Redecard, pedindo ressarcimentos das perdas. “Não temos comentários a fazer em relação à posição da CNDL. Vamos aguardar.
A Redecard decidiu realizar uma auditoria independente para apurar as causas efetivas do incidente”, afirmou Roberto Medeiros, presidente da empresa à DINHEIRO.

 

 

A Empresa deixou de fazer 2,8 milhões de transações na data mais importante do ano

 


As ações da Redecard fecharam em queda de 0,85% na segunda-feira 28, dia em que o Ibovespa subiu 0,46% e os papéis da concorrente Cielo (ex-VisaNet) valorizaram-se 1,46%. Não era para menos. A credenciadora da Visa bateu recordes de utilização no dia 24, com quase 18 milhões de transações. “A Redecard vem de um movimento muito forte de credenciar bandeiras. A pane pode levantar a dúvida de que ela não é capaz de sustentar esse crescimento”, diz a analista Laura Schuch, da Ativa Corretora. A Cielo admite que os problemas da concorrente podem tê-la beneficiado na melhor data comercial do ano. As pessoas costumam ter um segundo cartão, normalmente de outra bandeira, e a tendência é utilizá-lo em caso de dificuldade. “Isso é uma coisa que normalmente acontece, não só nesta época, mas em qualquer dia”, disse à DINHEIRO o vice-presidente de tecnologia e operações da empresa, Paulo Guzzo. O executivo defende que o recorde de transações foi sustentado pela recuperação do mercado brasileiro. Juntas, Redecard e Cielo dominam mais de 90% dos pagamentos com cartão no Brasil. O apagão da Redecard é mais um motivo para evitar essa concentração.

 

 

Veículo: Revista Isto É Dinheiro


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