A Cielo investiu cerca de R$ 30 milhões para se adaptar às normas do conselho e recebeu sua certificação em 19 de janeiro. Foram necessários 11 meses para diagnosticar as lacunas do sistema e mais quatro para atualizá-lo.
A Redecard, que não revela quanto gastou, é certificada há quase um ano.
Entre as medidas adotadas está a segregação da rede das companhias. Ambas separam os sistemas que processam as compras dos demais para garantir que apenas funcionários das áreas de transação tenham acesso às informações."Implementamos um software que passa em todos os e-mails e computadores dos funcionários e checa se há algum dado de cartão armazenado", contou Douglas Oliveira, diretor da Redecard.
Com o fim da exclusividade entre as bandeiras de cartões e as credenciadoras, em julho, Redecard e Cielo podem transacionar cartões de diferentes bandeiras.
Como as regras do PCI padronizam os sistemas de segurança das principais bandeiras, as credenciadoras afirmam que a mudança não exigiu novas medidas de proteção.
Segundo a Polícia Federal, as fraudes em transações eletrônicas e com cartões de crédito (tanto on-line quanto em lojas físicas) somam R$ 500 milhões por ano no Brasil.
Há 591,7 milhões de cartões de crédito e débito em circulação no Brasil. Até maio, eles movimentaram R$ 573,8 milhões. (MS)
Unificação das regras reduziu fraude nos EUA
O PCI Council foi criado em 2006 para unificar as regras de segurança e as auditorias que antes eram feitas por cada bandeira.
Segundo Edson Ortega, da Visa, o primeiro país em que as regras do PCI foram exigidas foram os EUA, devido ao grande volume de fraudes registradas.
Com a maior segurança nas transações americanas, ele conta que as fraudes migraram para Europa, Ásia, África e América Latina.
"Nos EUA, em alguns Estados, as regras do PCI viraram lei. Temos atuado junto com a Abecs para que isso também aconteça no Brasil", afirma Ortega.
Veículo: Folha de S.Paulo