Demanda das classes C e D por cartões dispara 36%

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Estudo da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs) aponta a que o mercado de cartões de crédito deve crescer 20% este ano e mais 20% no ano que vem. Em 2009, foram emitidos 560 milhões de cartões de crédito. O estudo da entidade mostra ainda que as classes D e E são as que mais aderem ao cartão de crédito - 36%.

 

Outra empresa que percebe mudança de cenário é a Cielo, que afirma já ter tecnologia para atender uma demanda até três vezes maior e processar 1,8 mil transações por segundo. A credenciadora também fechou convênio para aceitar a bandeira Japan Credit Bureau (JCB).

 

Segundo o vice-presidente de Tecnologia da Informação (TI) da Cielo, Paulo Guzzo, a previsão é ter triplicado o número de operações em 2015. "Chegaríamos ao número se tivéssemos um cenário igual ao registrado em 30 de junho antes da unificação. Precisamos ver a acomodação de mercado para saber se chegaremos antes ou depois disso."

 

Um dos indicativos de que a demanda deve se acelerar rapidamente é a previsão de aumento de 20% do volume de transações para o Natal deste ano. Em 23 de dezembro de 2009 foram registrados 17 milhões de transações. Para o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, a capilaridade de sua marca, estimada em 97,6% dos municípios brasileiros, é o diferencial para crescer.

 

O grupo também antevê aumento do número de turistas no País, tanto que já aceita a bandeira Japan Credit Bureau (JCB), emitida em cerca de 20 países. "A bandeira tem foco no mercado asiático: eles viajam muito", destacou Guzzo.

 

Hoje, o cartão já é aceito em restaurantes, relojoarias e redes de hotel em algumas capitais do Brasil. "Em breve a aceitação será no Brasil inteiro, a exemplo do que fizemos com a MasterCard. Devemos anunciar novas associações, talvez com grandes redes de varejo", apontou.

 

Outra preocupação da Cielo é com a segurança das transações. Hoje, o nível de fraude é de 0,015% nas transações físicas e de 0,030% nas compras por internet. Para evitar estes transtornos, a processadora de operações da Cielo, a Tivit verifica se há sites falsos, ou desvios de comportamento, como compras extravagantes. "O banco é avisado do risco. A decisão fica com o banco."

 

Segundo Guzzo, outra medida de segurança é ampliar a base de cartões com chip. Hoje, praticamente todos os plásticos são munidos dessa inovação tecnológica. "Em 1999, o cartão pronto, contendo apenas tarja, custava US$ 0,50; os chipados, US$ 8. A partir do momento em que aumentaram as fraudes, os bancos adotaram o sistema. Com a modernização, a fraude migra", afirmou.

 

Na concorrente Redecard, o planejamento para aumentar a demanda é fechar contrato com mais redes de bandeiras. Ao todo, a credenciadora já aceita 20 bandeiras diferentes. A última foi a americana Discover. O grupo também negocia com uma bandeira asiática.

 

O terceiro concorrente, Santander- GetNet, que começou a operar neste mercado, credenciou, até 21 de julho, 51 mil estabelecimentos, e abriu 8 mil novas contas.

 

Cartões

 

A Visa registrou crescimento de 21,6% do volume total de pagamentos na região da América Latina e do Caribe (LAC), alcançando US$ 62 bilhões durante os três meses finalizados em 30 de junho de 2010. O volume total de pagamentos com débito aumentou 32% no Brasil, 19% no México e 24,1% em todos os outros países da América Latina e do Caribe, no mesmo período, mostrando uma preferência crescente dos consumidores pelo uso do débito Visa para compras do dia a dia.

 

Da mesma forma, o volume de crédito apresentou expansão de dois dígitos, com 17,6% no Brasil, 15,8% no México e 20,5% em todos os outros países da América Latina e do Caribe.

 

A MasterCard registrou no segundo trimestre que os portadores de cartões seus na América Latina e no Caribe usaram os cartões (exceto Cirrus®e Maestro®) em 685 milhões de transações, ou crescimento de 12,7% em moeda local, na comparação com o mesmo período de 2009.

 

Veículo: DCI


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