Comércio eletrônico vira febre entre baixa renda

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A baixa renda vem ganhando cada vez mais espaço no e-commerce brasileiro. De acordo com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informações do setor, 61% dos novos entrantes no primeiro semestre de 2011 possuem renda familiar igual ou menor a R$ 3 mil.

 

Nos últimos anos, a entrada desse público no comércio eletrônico aumentou de forma significativa, comprovando que o consumidor das classes menos abastadas está conectado e fazendo suas compras via web. Para se ter uma ideia do avanço, em 2009, 44,6% do total de e-consumidores do mercado pertenciam, na melhor das hipóteses, à classe C. No primeiro semestre de 2011, esse mesmo número subiu para 46,5%, o que corresponde a aproximadamente 5 milhões de novos consumidores durante esse intervalo de tempo.

 

"O crescimento da baixa renda no e-commerce é relevante e deve continuar em evidência para os próximos anos. Percebemos que esse consumidor chega ao novo canal já adquirindo produtos de alto valor agregado como eletrodomésticos, eletrônicos e artigos de informática. A partir dessa primeira experiência, muitas vezes parcelada em 12 vezes sem juros no cartão de crédito, esse indivíduo passa a considerar a internet como novo canal de compras no seu repertório de opções", avalia o diretor de Marketing e Produtos da e-bit, Alexandre Umberti.

 

Um dos fatos que comprovam as compras de produtos mais caros por parte desses consumidores é o tíquete médio elevado. Apesar de possuírem uma menor freqüência de compra e menor renda, o tíquete médio registrado no primeiro semestre de 2011 foi de R$ 320, contra R$ 355 do total de compradores da internet.

 

Se analisarmos apenas as pessoas dessa faixa de renda que fizeram sua primeira compra no mesmo período, o valor médio é ainda maior: R$ 340. Já em 2009, os novos consumidores dessa classe social gastaram R$ 330, em média, por compra.

 

É relevante destacar a maioria feminina desse novo consumidor. Ao longo dos seis primeiros meses de 2011, 55% dos novos entrantes da classe C pertenciam a esse gênero. No que diz respeito à idade, 24% dos que fizeram a primeira compra possuíam entre 35 e 49 anos - faixa mais representativa também para o comércio eletrônico como um todo. Ainda de acordo com dados da pesquisa, 22% dos consumidores possuíam ao menos o ensino superior completo, enquanto que 78% não possuíam ainda graduação.

 

A região Sudeste possui a maior fatia dos novos e-consumidores de baixa renda - 64% do total - seguida das regiões Nordeste e Sul com 14% e 12%, respectivamente.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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