Em época de Natal, o consumidor pode recorrer à internet para economizar nas compras. Para isso, os sites de busca de preço são uma ferramenta útil tanto para pesquisar os valores das lojas on-line quanto para comparar com o que é cobrado nos estabelecimentos físicos. A reportagem encontrou diferenças de até 233% nos preços de um mesmo produto. É o caso de uma máquina fotográfica que é oferecida por R$ 239,99 e R$ 800,30.
No caso do comércio digital, os buscadores on-line, além de ajudar a gastar menos, eles permitem pesquisar os melhores prazos de entrega e as condições que mais agradam ao consumidor entre as lojas em que confia.
"A função desses sites é ajudar o consumidor a fazer a aquisição de um item pelo menor preço possível. É uma ferramenta da ditadura do consumidor, pois não adianta a loja trabalhar com o maior preço, porque o consumidor vai descobrir e a empresa pode perder o cliente", comenta o diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), Gerson Rolim.
Concorrência - Apesar de terem a mesma função, os principais buscadores de preço da internet vêm encontrando saídas para se diferenciarem entre si. Enquanto o Buscapé apresenta o maior número de lojas a cada pesquisa, o Zoom oferece guias que ajudam o internauta a escolher o produtos. Já o Bondfaro conta com um clube de descontos para os usuários cadastrados, enquanto o Zura e o Google Shopping preferem relacionar apenas as lojas mais tradicionais do setor de e-commerce.
Para quem quer testar a ferramenta neste fim de ano, as buscas são simples e têm diversos filtros que podem ajudar a tornar a seleção mais segura para o internauta. Os serviços eletrônicos oferecem sistema de avaliação, selos ou certificação das lojas, o que garante ao consumidor não só comprar pelo menor valor, mas de lojas on-line confiáveis.
Os consumidores que já compraram com o auxílio desses sites também podem opinar tanto em relação ao produto quanto aos estabelecimentos, informações que podem ajudar o cliente a escolher o preço e o serviço com melhor atendimento. "Não é porque está no buscador que é garantida a segurança da compra", ressalta o diretor da Câmara-e.net.
Os sites deixam claro que eles não são responsáveis pelas informações, e sim as lojas. O Buscapé, por exemplo, divulga em sua página eletrônica uma lista de lojas não recomendadas e que foram tiradas do buscador. "São lojas que causaram problemas ao consumidor, fomos atrás e percebemos que não atuavam de forma correta", diz o vice-presidente de comparadores de preço do Buscapé Company, Rodrigo Borer.
A assistente comercial Zélia Torrezan, de 23 anos, vai usar os buscadores para procurar produtos mais baratos neste Natal. "Uso sempre, para qualquer coisa que esteja precisando. Mas não vou só pelo preço, também prefiro as lojas em que tenho confiança", comenta ela.
Negociação - Outra dica para quem quer usar os buscadores é tê-los como ferramenta de barganha também com as lojas físicas. "A pessoa pode imprimir a promoção e levar tanto na loja física da rede quanto na concorrente e tentar conseguir o mesmo desconto ou até um maior. Isso está cada vez mais em uso", diz Rolim.
A negociação de preço entre lojas físicas e virtuais de uma mesma rede é possível porque, apesar de serem a mesma empresa, são estabelecimentos que concorrem entre si para vender e atingir as metas, segundo o diretor da entidade de comércio eletrônico. Há aplicativos de comparadores também disponíveis para celular.
Zélia Torrezan usa os sites de comparação de preço também para verificar se os valores vistos nas lojas físicas estão dentro da média cobrada ou em promoção. "Eu olho o preço na loja física, vou para casa, pesquiso e depois decido em qual eu vou comprar", afirma.
Veículo: Diário do Comércio - MG