Comprar pela internet é conveniente. Além de economizar dinheiro e tempo, essa prática está cada a dia mais popular. Durante as datas comemorativas como o Natal, as caixas de lojas online funcionam em ritmo acelerado, sem parar.
Esta é uma época boa não só para prestadores legítimos, mas também para o e-crime. Os truques utilizados pelos ladrões são sofisticados e vão do tradicional phishing email a malwares infectados e e-cards.
Estes últimos tipos são particularmente importantes para os usuários, e são usados por criminosos para infiltrar no sistema um código nocivo.
Eduardo Freire, diretor da NetOfficer, representante do GData no Brasil, recomenda que "você deve excluir imediatamente de sua caixa de email mensagens com títulos como Natal e doação, que possuam origem desconhecida. Não abra nenhum documento que seja de procedência desconhecida".
Os famosos cavalos de Tróia durante essa época apresentam ainda perigo maior, já que são recordes em login dados durante as compras online, e transmitem automaticamente dados importantes para cibercriminosos.
No Brasil, o e-commerce lucra em torno de R$ 1,08 bilhão por ano segundo o e-Bit. Isto naturalmente atrai os cibercriminosos que cobiçam os lucros obtidos. Com milhões de spam e phishing mails que inundam as caixas de entrada eles tentam roubar dados por acesso online banking, através de contas e informações de cartão de crédito.
E, ainda assim, este é apenas um dos lados da moeda, já que a maior parte dos ataques é feita através de cavalos de Tróia. Se o computador for infectado através de um anexo de email, download, autônomo, worm ou via internet por um site, poderá perder rapidamente muitos milhares de reais. Os cibercriminosos espreitam pelo computador, esperando até que o usuário desatento acesse um banco online ou loja online.
Tão logo a página de login é conectada, são roubados os dados. O software é ativado e enviado a todas as entradas para os servidores dos dados ladrões. Com estes dados roubados, o ciber ladrões podem ir às compras, em seguida, fica para a vítima o custo.
Emails. "Os criminosos têm aumentado o tamanho de suas redes para o Natal. Emails de phishing para clientes de lojas e bancos tradicionais devem ser apagados imediatamente. No entanto, cavalos de Tróia representam um método de entrada mais perigoso, pois muitos usuários ainda não estão conscientes de que estes vão inserir campos adicionais ou até mesmo páginas inteiras na página de login.
Os dados assim obtidos são utilizados para completar novas operações dentro de um período muito curto de tempo. A conta é então alterada para que o dinheiro seja transferido para as contas dos intermediários, e é então transferido o mais rápido possível para a Europa Oriental. As vítimas não notam nada, porque as respostas dos bancos de servidores foram falsificadas pela banca Tróia".
As lojas virtuais também tentam se proteger dos vírus. "Usamos certificação digital, criptografia e todos os dados de clientes ficam em servidores totalmente dedicados, de forma que só nós possuímos acesso a estas informações", diz Michel Pierre, diretor da loja virtual Stopplay, especializada em eletroeletrônicos.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ