Necessidade de modernização de equipamentos impulsiona as vendas da montadora.
Os preços lucrativos pagos pelo milho e pela soja, principalmente ao longo do segundo semestre de 2012, e a necessidade de modernização das máquinas voltadas para a agricultura incentivaram os investimentos dos produtores em equipamentos modernos e de alta precisão, o que também vem impulsionando as vendas da Case IH Agriculture, do grupo Case New Holand (CNH).
Com o crescimento da demanda, a montadora está ampliando a participação no mercado brasileiro de máquinas. Nos últimos dois anos, quando a Case começou a vender os modelos, por exemplo, o índice de participação nas vendas de tratores de baixa potência saiu dos 1% para 7% do mercado brasileiro neste ano. No caso das colheitadeiras, passou de 10% em 2008 para 20% neste ano.
A tendência é que o mercado continue aquecido ao longo dos próximos anos. No ano passado, das 9 mil colheitadeiras vendidas em todo o país, cerca de 20% eram da Case IH. Das unidades da montadora, Minas Gerais respondeu, no período, por 40% deste mercado.
O aumento, segundo o diretor comercial da Case IH Agriculture, César Di Luca, virá da crescente necessidade de modernização e ampliação da tecnologia do campo, o que é fundamental para agregar valor à produção e reduzir os custos.
"A idade média das máquinas como as colheitadeiras e tratores no Brasil está muito acima da média mundial. Esses equipamentos estão com a tecnologia ultrapassada e os custos com a manutenção são altos. Por isso, acreditamos que o mercado para o segmento é promissor e a tendência é que o processo de renovação seja acelerado ao longo dos próximos anos. Com a tecnologia de ponta presente nas máquinas atuais, os serviços se tornam mais precisos, com maior rendimento, redução das perdas e queda dos custos de produção, já que reduzem a necessidade de utilizar a mão de obra", diz.
Tecnologia - Minas Gerais é um dos estados em que os produtores estão investindo pesado em tecnologias na produção agrícola, com destaque para soja, milho e café. Mesmo com os preços em baixa, no caso da cafeicultura, a demanda por equipamentos é crescente e as máquinas vendidas para a cultura pela montadora no Estado representam cerca de 80% do total.
"O cafeicultor está muito atento aos rumos do mercado e isso faz com que ele, mesmo em período de crise, continue investindo em tecnologia, apesar dos aportes acontecerem em ritmo mais lento. A demanda principal são pelas colheitadeiras, que reduzem significativamente os custos com a mão de obra, que estão elevados, além disso, a oferta de trabalhadores está cada vez mais escassa no campo", avalia Di Luca.
Veículo: Diário do Comércio - MG