Na fase de creche, enquanto os leitões se adaptam melhor à alimentação, alguns podem apresentar quadros de mau aproveitamento alimentar e baixo desempenho, se destacando negativamente frente ao desenvolvimento dos outros animais do plantel. Este cenário característico de refugagem, em determinada escala, se repete em grande parte das granjas não só no Brasil, como em todo o mundo. um problema comum e nem sempre ligado a doenças específicas.
A refugagem literalmente derruba os animais jovens, causando perda de peso e produtividade, o que pode levar a maiores gastos do suinocultor com a alimentação ou com a busca desordenada por soluções sanitárias caso o produtor não esteja orientado quanto ao agente causador.
Este problema muitas vezes é conseqüência de fatores de ordem infecciosa e nesses casos é comum observar animais que estavam bem e rapidamente começam a refugar, com ou sem outros sintomas. Essa situação pode estar ligada à ação do circovírus (PCV2), agente causador da circovirose suína, que infecta os animais na fase inicial de vida, que, dependendo do grau de imunidade no momento da infecção, podem adoecer.
A boa notícia é que para algumas dessas causas há solução. Se o problema for circovirose suína, a vacina Circovac, da Merial, atua na redução do índice de refugagem no plantel.
O circovírus atua como agente imunossupressor, exigindo do organismo do animal um alto nível de gasto energético e stress contínuo, o que gera a queima excessiva de calorias, baixo desempenho e má absorção de nutrientes. O programa de vacinação de leitões com Circovac, que possui alta carga antigênica, reduz a infecção pelo PCV2, contribuindo para a redução do índice da refugagem, oferecendo maiores índices de produtividade e maior retorno financeiro. O bolso do suinocultor agradece.
Veículo: Diário do Comércio - MG