São Paulo - O mercado brasileiro de PCs voltou a diminuir em 2016, quando foram vendidas 4,5 milhões de unidades. Este é o menor volume desde 2004, de acordo com a IDC Brasil. O montante é 31,7% menor que o registrado em 2015, quando 6,6 milhões de máquinas foram comercializadas. Segundo o analista de pesquisa da consultoria especializada, Pedro Hagge, os resultados eram esperados . "Além da crise, no ano passado houve mais interesse por smartphones, tablets e até aparelhos televisores inteligentes, que oferecem a possibilidade de assistir a filmes e consumir entretenimento. Ou seja, o computador, que até 2012 era praticamente o único dispositivo a oferecer acesso a internet, ano a ano vem perdendo espaço para outros dispositivos", afirma. A queda de popularidade dos PCs também gerou efeitos sobre o faturamento do segmento: em 2016 o mercado todo faturou R$ 10,9 milhões, contra cerca de R$ 15,3 milhões no ano anterior.
Já o tíquete médio das máquinas passou para R$ 2.413 em 2016, informou Pedro Hagge. Em 2015 a média era de R$ 2.326 e, em 2014 de R$ 1.694. Do total de máquinas comercializadas, 2,8 milhões foram notebooks (queda de 30% na comparação com 2015) e 1,7 milhão foram desktops (queda de 35% na comparação com 2015). Ainda de acordo com o IDC Brasil, 3 milhões de computadores foram vendidos para o mercado doméstico e 1,5 milhão tiveram o segmento corporativo como destino. Quando analisado apenas o quarto trimestre do ano passado, os resultados da IDC Brasil indicam queda de 11% em relação ao mesmo período de 2015. Ainda assim, o período foi o mais forte de 2016 (representando 27% do total) por conta da Black Friday.
Futuro
A tendência, segundo a IDC Brasil, é que o mercado se estabilize em 2017, mantendo os 4,5 milhões de computadores vendidos no ano passado. "Mesmo que a economia melhore, não devemos ter um incremento nas vendas este ano. O mercado de computadores é maduro e a vida útil das máquinas tem passado dos seis anos, já que a qualidade é melhor e o uso tem sido dividido com outros dispositivos. Para se destacar no mercado, os fabricantes precisam inovar e oferecer produtos com preços acessíveis", afirma Hagge.
Fonte: DCI