Lojas de eletrônicos e celulares enfrentam desafio de manter estoque baixo

Leia em 2min 10s

Rio  - Nas lojas físicas, a preocupação é equilibrar o ritmo de reposição de estoques com o aumento da demanda. Os setores mais críticos são os de celulares e produtos eletroeletrônicos. As operadoras de telefonia concentraram investimentos para reforçar equipes de inteligência e segurança nos pontos de venda físicos. A Vivo, por exemplo, tem feito análise sistemática com equipes de logística e canais especiais de abastecimento de unidades localizadas em regiões consideradas críticas e de risco elevado. De acordo com a companhia, as lojas da Vivo estão equipadas com cofre temporizado e segurança presente fisicamente nas lojas. Já a Oi passou a operar com uma cobertura de estoque mais justa e acompanhamento mais próximo de vendas para reabastecimento. Para especialistas, o varejo precisou se preparar para garantir estoques suficientes e, ao mesmo tempo, não amargar prejuízos elevados se os centros de distribuição ou lojas forem alvo de grupos criminosos.

 

— Existem os itens considerados produtos críticos, como celular. Você não pode fechar (a loja) com celular, tem que trabalhar com estoque mínimo e reposição contínua. Dificilmente o Carrefour vira a noite com estoque de televisores, porque não pode ter disponibilidade sobrando. A carga de eletrônicos tem liquidez, porque os produtos são rapidamente vendidos — ressalta Ana Paula Tozzi, diretora executiva da AGR Consultores.

 

MUDANÇA NO PERFIL DO CONSUMO

 

O coordenador do MBA em Gestão de Varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ulysses Reis, avalia que, além do risco de segurança, a mudança de perfil do consumo, com expansão de compras pela internet, contribuiu para ajustes no sistema de distribuição e estoque de produtos nas lojas físicas:

 

— O risco é menor ao concentrar os produtos em um centro de distribuição que abastece as lojas sob demanda — afirma Reis.

 

Para Juedir Teixeira, de 65 anos, dono de duas redes varejistas, uma de material de construção e outra de moda, o controle mais rígido de estoque também foi fundamental para otimizar investimentos e concentrar estratégias de vendas em um público-alvo mais restrito. Ele diz que o desafio é antecipar a mudança de comportamento dos consumidores e acompanhar as inovações tecnológicas:

 

— A estratégia que utilizamos foi a implementação da chamada etiqueta inteligente, para não correr o risco de perder a venda. Ou seja, caso o cliente busque uma peça em determinada loja ou on-line, o vendedor conseguirá encontrá-la em toda a nossa rede física ou virtual — explica Teixeira. (Marcello Corrêa e Pollyanna Brêtas)

 

 

Fonte: O Globo - Rio de Janeiro 


Veja também

Super Muffato lança novo aplicativo com ofertas personalizadas

Já está em funcionamento o novo aplicativo do Super Muffato que, entre outras novidades, permite aos clien...

Veja mais
Inteligência artificial ajuda na relação do varejo com cliente

São Paulo - O uso de inteligência artificial e big data na gestão do relacionamento com o consumidor...

Veja mais
Ebit: da véspera da Black Friday até segunda, faturamento do e-commerce atinge R$3,2 bi

De 23 a 27 de novembro, o faturamento no e-commerce atingiram a marca de R$3,2 bilhões, alta de 8,7% ante o mesmo...

Veja mais
Venda via celular dispara e loja física sente menor impacto da Black Friday

São Paulo - A edição deste ano da Black Friday serviu para consolidar a venda virtual como protagon...

Veja mais
Vendas do comércio eletrônico sobem 10% na Black Friday em 2017, diz Ebit

São Paulo - O varejo online brasileiro vendeu 10,3 por cento mais na Black Friday deste ano em relaç&atild...

Veja mais
Venda de mantimentos via e-commerce cresce 30% no mundo, aponta estudo da Kantar

As vendas de mantimentos por meio de plataformas de comércio eletrônico cresceram 30% nos 12 meses terminad...

Veja mais
Celular ganha espaço na Black Friday

São Paulo - A internet deve ganha neste ano ainda mais relevância nas vendas para a Black Friday, segundo l...

Veja mais
Crédito impulsiona produção de informática e eletroeletrônicos

São Paulo - Apesar da atividade da indústria ainda estar se recuperando neste ano, as áreas de elet...

Veja mais
Autoatendimento: um caminho sem volta

A tecnologia é uma grande aliada das pessoas ao trazer praticidade. Ações cotidianas como ir ao sup...

Veja mais