O ritmo de venda no e-commerce brasileiro parece ainda não ter se recuperado da baixa provocada pela greve dos caminhoneiros, no final de maio. Como resultado, a estimativa de incremento nas vendas na soma do primeiro semestre foi de 15% para 12%.
Os dados fazem parte de uma análise do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). “A paralisação dos caminhoneiros no fim de maio impactou negativamente o e-commerce e também abalou a confiança do consumidor”, diz o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e diretor de relações institucionais da Ebit (empresa especializada em informações do varejo online), Pedro Guasti.
De acordo com Guasti, as projeções da Ebit para crescimento do setor variavam de 12% a 15% para os primeiros seis meses do ano, e, agora, não passam dos 12%. “Além da ampliação do prazo de entrega e do atraso, a paralisação desestimulou o consumidor a comprar, diante da incerteza quanto à data de recebimento da mercadoria, e afetou diretamente as vendas de aparelhos de TV para a Copa, que sempre aumentam às vésperas do evento”, disse.
Para o segundo semestre, a expectativa é que o período de incertezas continue. Segundo ele, a impossibilidade de imaginar quais correntes políticas vão liderar a disputa tende a deixar o consumidor menos propenso a comprar. “As eleições vão ditar um novo ânimo no mercado, tanto entre empresários quanto entre os consumidores. O mercado vai reagir de maneira otimista ou pessimista, dependendo dos candidatos que tomarem a dianteira nessa corrida eleitoral”, finaliza.
Fonte: DCI