Após atrasos desencadeados principalmente por uma estrutura logística insuficiente e pela complexidade do sistema tributário brasileiro, a gigante Amazon está pronta para avançar com as vendas diretas de mercadorias. Diante disso, as ações de varejistas brasileiras ficaram entre os destaques negativos da bolsa paulista. As informações são dos analistas do BTG Pactual.
O maior foco da Amazon no segmento de venda direta significa que a empresa está pronta para fortalecer os investimentos, potencialmente via parcerias com operadores e transportadoras que atuam no regime conhecido como “última milha”, em que produtos comprados pela internet são entregues em poucas horas.
A expectativa de início das vendas diretas pressionava as ações de varejistas brasileiras, que estavam entre os piores desempenhos do índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa. Os papéis da B2W perderam 3,76 por cento, enquanto os da controladora Lojas Americanas seguiram na mesma direção, com recuo de 2,74 por cento. Magazine Luiza cedeu 3,04 por cento e Via Varejo se desvalorizou 0,82 por cento.
Os analistas da BTG observam ainda que, apesar do sucesso da Amazon na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos, seu forte crescimento na Índia e a posição de liderança no Japão, a expectativa é de que a empresa siga enfrentando concorrência acirrada no Brasil de participantes já bem estabelecidas no mercado, que investiram nos últimos anos para construir um ecossistema completo que prioriza a experiência do usuário.
Fonte: Móveis de Valor