A Amazon superou as expectativas de Wall Street e relatou lucro de US$ 3,03 bilhões no último trimestre de 2018, com vendas fortes na temporada de festas de fim de ano e o deslanche de seus setores de computação na nuvem. No mesmo período do ano anterior, o lucro foi de US$ 1,86 bilhão.
A gigante tecnológica americana informou que as vendas líquidas no quarto trimestre de 2018 aumentaram 20%, a US$ 72,4 bilhões, em comparação ao mesmo trimestre de um ano antes, enquanto o lucro subiu 63%. Vendas de anúncios e outras receitas aumentaram 95%, para US $ 3,4 bilhões no quarto trimestre.
Os resultados refletiram o crescimento das vastas operações de comércio digital da Amazon, bem como sua grande divisão de computação em nuvem, conhecida como Amazon Web Services.
As vendas líquidas no trimestre final de 2018 na América do Norte, seu maior mercado, subiram 18,3%, para US $ 44,12 bilhões.
Por outro lado, a previsão de vendas para o primeiro trimestre deste ano ficou abaixo das expectativas de Wall Street, o que fez as ações da empresa caírem 1,7%, para US$ 1.690 após o fechamento das Bolsas. A empresa previu vendas líquidas entre US $ 56 bilhões e US $ 60 bilhões no primeiro trimestre, perdendo a estimativa média de US $ 60,77 bilhões dos analistas, segundo dados do IBES da Refinitiv.
Os analistas também observaram que o crescimento das vendas desacelerou em alguns mercados europeus durante o trimestre crucial do feriado.
Durante anos, os investidores deram à Amazon sinal verde para apostar em novos empreendimentos: armazéns e data centers em todo o mundo; um estúdio perto de Hollywood; pesquisas sobre inteligência artificial. Em meio a tais investimentos, a gigante segue com suas operações de e-commerce e atraindo empresas para seus serviçços de computação em nuvem.
Embora a empresa ainda esteja avançando, há desafios, particularmente em mercados fora dos Estados Unidos. A Amazon começou a remover uma ampla gama de produtos de seu site na Índia na quinta-feira para cumprir as restrições a novos investimentos estrangeiros no país que entram em vigor em 1º de fevereiro. Essas regras proíbem as empresas de vender produtos por meio de fornecedores nos quais possuem participação acionária.
O vice-presidente financeiro da Amazon, Brian Olsavsky, disse a repórteres que a situação na Índia é "um pouco fluida agora", mas continua sendo uma boa oportunidade a longo prazo.
Fonte: O Globo - Rio de Janeiro