As empresas do segmento de cartões de crédito e débito não estão oferecendo o nível de eficiência que a sociedade brasileira exige. A afirmação foi feita ontem pelo chefe do Departamento de Operações Bancárias e do Sistema de Pagamentos do Banco Central, José Antônio Marciano, ao participar de audiência pública no Senado Federal para debater a administração e a regulamentação dos cartões de crédito.
Marciano lembrou que termina este mês o prazo para que as empresas do setor apresentem sugestões e comentários sobre um relatório divulgado em abril deste ano pelo Banco Central, pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
O diagnóstico da indústria de cartões de crédito trata do custo dos impostos aos clientes e da falta de concorrência no setor, entre outros aspectos. O relatório mostra que as duas maiores bandeiras, Visa e MasterCard, respondiam, em 2007, por mais de 90% das transações com cartões de crédito e de débito.
Para ter acesso ao serviço das duas bandeiras, os lojistas contam com as únicas credenciadoras - empresas que habilitam estabelecimentos comerciais para aceitarem cartões como meio de pagamento - no País: Visanet e MasterCard.
Segundo Marciano, o relatório é o ponto de partida para que sejam adotadas medidas. Entre as opções, estão a autorregulação do setor, em que as próprias empresas se organizariam para estabelecer as regras, ou a regulação pelo governo. O governo só vai definir a norma depois do prazo dado às operadoras para se manifestarem.
Veículo: DCI