Dados sobre o mercado brasileiro de vinhos importados em 2009, coletados junto ao Ministério do Desenvolvimento e Aduana Brasileira por Adão Augusto Morellatto, da International Consulting, mostram que o setor não sentiu a propalada crise econômica mundial, evoluindo positivamente cerca de 6% em relação a 2008. Esse número, no entanto, não segue ritmos de crescimento anteriores, que vinham sendo de, na média, 22% ao ano de 2004 a 2008. Alguns fatos contribuíram para esta desaceleração, entre elas as mudanças tributárias implantadas em São Paulo - a Substituição Tributária -, o mais importante centro de consumo da bebida no país; e os problemas para obtenção de Licença de Importação (L.I.) sobre produtos oriundos da Argentina em pleno período de grande aquisição de vinhos, o 2º semestre. Além desses dois fatores, há que ser considerado também as dificuldades enfrentadas pela Expand, que fechou 2009 com apenas 10% do que importava normalmente - em torno de 600 contêineres ao ano -, volume que é impossível de ser absorvido por outras empresas congêneres em tempo tão curto por envolver estratégicas e valores muito altos.
Veículo: Valor Econômico