Mate Couro destina 95% da produção para Minas

Leia em 3min 10s

A Mate Couro S/A, indústria de bebidas não-alcoólicas, com planta fabril instalada no bairro São Salvador, região Noroeste de Belo Horizonte, estima crescimento de 10% nos negócios em 2008. O índice é conseqüência do aquecimento da demanda interna, impulsionada pelo aumento do emprego e renda da população. Para o próximo ano, a empresa pretende repetir o crescimento deste ano e dos anteriores, média de 10%. A Mate Couro S/A direciona 95% dos produtos para Minas Gerais.

 

Em 2007, segundo dados do balanço contábil, a Mate Couro S/A somou receita operacional líquida de R$ 14,661 milhões, incremento de 8,2% na comparação com o intervalo anterior, quando foram movimentados R$ 13,548 milhões. O lucro líqüido no período registrou aumento de 75% frente a 2006 e saltou de R$ 362,777 mil para R$ 634,695 mil.

 

A Mate Couro está instalada em planta com 15 mil metros quadrados construídos, em área de 64 mil metros quadrados. Ao todo, são gerados 150 empregos diretos e 600 indiretos. "Não pretendemos ampliar as instalações nos próximos anos", revelou o diretor administrativo-financeiro da Mate Couro S/A, Helvécio Rodrigues da Silva. Ainda conforme ele, o mercado de refrigerantes é "sazonal", com crescimento de 50% na demanda no verão.

 

Alavanca - De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas-MG), Cristiano Lamego, além do comportamento típico apresentado por esta indústria, o setor é influenciado pela variação do poder de compra do consumidor. "Quando há aumento da renda do trabalhador, a indústria de bens do consumo é beneficiada", analisou.

 

Questionado sobre os impactos da "Lei Seca", um dos fatores supostamente responsáveis pelo aumento de 12,07% da indústria de bebidas não-alcoólicas no faturamento de agosto deste ano frente a igual mês de 2007, Lamego disse que não é possível afirmar se foi a nova legislação que alavancou as vendas. "Só teremos um diagnóstico preciso do impacto da Lei Seca após uma pesquisa que será realizada fevereiro de 2009", ponderou.

 

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), no mês de agosto deste ano o setor girou R$ 1,607 bilhão ante R$ 1,434 bilhão registrados no mesmo período de 2007. No ano passado, o setor movimentou R$ 19,149 bilhões, ao passo que apenas nos acumulado do ano já contabiliza R$ 13,740 bilhões. O volume de bebidas produzido no ano passado chegou a 13,661 milhões de litros e a estimativa de janeiro a agosto de 2008 indica a fabricação de 9,443 milhões de litros de refrigerantes, sendo que 80% da distribuição em pontos-de-vendas é composta por produtos engarrafados em embalagens pet.

 

Mate Couro pretende manter ritmo de crescimento deste ano, média de 10% 
Fôlego - A Mate Couro S/A saiu de uma crise enfrentada em 2005, quando registrou prejuízo de R$ 319,517 mil. No ano seguinte, as medidas adotadas para superar a turbulência fizeram com que a companhia reagisse e retomasse a lucratividade. De acordo com Silva, a crise foi figurada, naquela época, por conta dos cortes de franquias dos produtos da Companhia Antarctica Paulista, que suspendeu todo o sistema de distribuição e engarrafamento no país. "Além de fabricar o refrigentante Mate Couro, a planta fabril engarrafava naquela época a linha de produtos Antarctica", lembrou Silva.

 

A empresa atua no mercado de bebidas desde 1947. O refrigerante tradicional Mate Couro, é composto por duas ervas tropicais naturais: o mate e o chapéu de couro, por isso a origem do nome.

 

 
Veículo: Diário do Comércio - MG 


Veja também

US$ 50 milhões para turbinar a Bud Light

A Anheuser-Busch anunciou campanha publicitária de US$ 50 milhões para a Bud Light, que exaltará a ...

Veja mais
Vinhos Mediterrâneos: A Carignan, o sol do Languedoc e o solo xistoso

A uva que conseguiu qualidade e ganhou notoriedade   No sul dos Pirineus ela se chama Cariñena, no norte, ...

Veja mais
Vinhos: Vez do tinto sul-africano

Ao chegar aos 350 anos, o vinho da África do Sul está cada vez melhor. Os brancos ainda dominam, por&eacut...

Veja mais
Invasão belga nas prateleiras. E novidades da Oktoberfest

Distribuidor de cervejas de Campinas, o site www.nonobier.com.br resolveu investir na importação direta. E...

Veja mais
Para ter Matte Leão, Coca pode perder Nestea

Relator do processo no Cade quer impor a restrição para evitar concentração no mercado de ch...

Veja mais
Coca-Cola pode ter que abrir mão da Nestea

A Coca-Cola pode ser obrigada a ter que abrir mão da Nestea caso o Conselho Administrativo de Defesa Econôm...

Veja mais
Governo adia para janeiro mudança de IPI para vinhos

O governo adiou para janeiro a mudança tributária que deveria ocorrer a partir de 1º de outubro para ...

Veja mais
Cade pode obrigar Coca-Cola a se desfazer da marca Nestea

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) iniciou ontem o julgamento da compra da Leão Jú...

Veja mais
Schincariol amplia mercado

Mesmo com a implantação da Lei Seca em junho, o grupo Schincariol registrou 13,6% de participaç&ati...

Veja mais