A Coca-Cola pode ser obrigada a ter que abrir mão da Nestea caso o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vote pela aprovação do relatório do conselheiro Paulo Furquim no processo da compra do Matte Leão. Furquim apresentou ontem seu relatório pela aprovação do negócio, mas com a proibição de que a Coca-Cola produza e comercialize o Nestea no Brasil.
Depois de lido o voto de Furquim, a votação foi suspensa porque o conselheiro Carlos Ragazzo pediu que o processo fosse convertido em diligência, para o levantamento de mais informações sobre o mercado brasileiro de chás (iced tea).
A Coca-Cola já era dona da Nestea quando, em março de 2007, comprou a Matte Leão, que atua no mesmo segmento. Caberá ao conselheiro Ragazzo decidir quando o processo voltará novamente à pauta. A restrição foi proposta por Furquim "em face de preocupações de natureza concorrencial" e com o objetivo de "proteger e salvaguardar o interesse da coletividade".
Veículo: Jornal do Commercio - RJ