A fabricante de cerveja AB InBev registrou lucro no segundo trimestre que superou as expectativas dos analistas. As vendas foram beneficiadas pela Copa do Mundo de Futebol, mas a receita caiu de US$ 9,5 bilhões para US$ 9,2 bilhões, na conversão cambial.
A companhia, dona das marcas Budweiser, Becks e Stella Artois, viu o lucro líquido crescer para US$ 1,149 bilhão no período. A direção da empresa disse que os custos das vendas por hectolitro deverão "ficar estáveis ou crescer na ponta mais baixa de um dígito no ano como um todo", um reflexo da alta recente dos preços do trigo e da cevada. A tendência fez o preço da ação da InBev, na semana passada, cair quase 8%.
As marcas Budweiser e Brahma apareceram bastante durante a Copa do Mundo (11 de junho a 11 de julho), o que ajudou a aumentar os volumes vendidos em 2% em relação ao segundo trimestre de 2009, mas em relação ao primeiro houve queda de 4%.
A companhia vem tentando recuperar a marca Budweiser, que não está se saindo bem nos EUA, onde foi parcialmente canibalizada pela Bud Light. A companhia diz que mesmo fora dos EUA não está satisfeita "com nosso desempenho na participação geral de mercado". As vendas fracas nos EUA (queda de 3%) foram compensadas pelas fortes vendas na América Latina, especialmente no Brasil, e pela estabilidade na Europa.
Programas extras de marketing estão previstos para o segundo semestre. Investimentos de US$ 2 bilhões a US$ 2,2 bilhões estão previstos se o crescimento do volume de vendas continuar acima das expectativas da direção da AB InBev.
A empresa continuou seu esforço de reduzir o endividamento, iniciado na esteira da fusão da Anheuser-Busch com a InBev em 2008. O endividamento líquido em 30 de junho era de US$ 42,1 bilhões, ou US$ 3 bilhões a menos do que no final do primeiro trimestre.
Veículo: Valor Econômico