Coca-Cola Femsa amplia operação em MG

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Refrigerantes: Expansão de 20% na capacidade da fábrica de Belo Horizonte consumiu R$ 35 milhões

 

Depois das aquisições nos últimos anos, a subsidiária brasileira da Coca-Cola Femsa, engarrafadora mexicana de refrigerantes, começa a se expandir organicamente. Entra em operação hoje uma nova linha na fábrica de Belo Horizonte, permitindo um aumento de 20% na capacidade de produção. A ampliação consumiu R$ 35 milhões. Além disso, R$ 1 milhão foi aplicado em um centro de distribuição no município de João Monlevade.

 

A divisão de Minas Gerais representa 25% da operação da Femsa no Brasil e 6% do volume nacional de Coca Cola. O volume de vendas e o faturamento brasileiro não são divulgados pela multinacional.

 

No sistema de fabricação do refrigerante, há vários engarrafadores e a Femsa opera nos mercados de São Paulo, Mato Grosso do Sul , região serrana do Rio de Janeiro e Minas Gerais, com exceção das regiões do Triângulo e do Sul do Estado. A nova linha vai permitir que o mercado mineiro seja autossuficiente no outono e no inverno. Na primavera e verão, período de pico de 40% na demanda em razão do clima quente e das festas de fim de ano, parte do refrigerante ainda será trazido de Jundiaí (SP).

 

"Temos limitações físicas para nos expandir em Belo Horizonte e essa situação deve perdurar pelos próximos dois anos", afirmou o diretor-regional da Coca Cola Femsa, Luis Fernando Sardinha, que se esquivou de responder se isso significa que a subsidiária pretenda abrir uma nova fábrica a médio prazo. "Ainda não existem planos, apenas conversas", disse.

 

A Coca-Cola Femsa fortaleceu-se no Brasil em 2008, quando adquiriu a Remil, engarrafadora em Minas Gerais. No balanço divulgado pela companhia no ano passado, a divisão Mercosul registrou um aumento de faturamento de 30%, atingindo 27,6 bilhões de pesos mexicanos (R$ 3,7 bilhões). Segundo o balanço, 30% desse aumento deveu-se à aquisição da Remil.

 

Neste ano, a Femsa vendeu a sua divisão de cervejas para o grupo holandês Heineken, em troca de uma participação acionária de 20% na cervejaria. Em julho, no primeiro balanço divulgado depois da transação, a empresa anunciou um crescimento de 24,1% no faturamento do segundo trimestre de 2010, em comparação com o mesmo período no ano anterior. O volume de vendas de refrigerantes da linha Coca-Cola cresceu 14% e o segmento de bebidas não carbonatadas, sobretudo os sucos Del Valle no Brasil e a água saborizada Aquarius na Argentina, teve aumento de 33%.

 

Em relação ao faturamento global da Femsa, que aumentou 4% no segundo trimestre, o Mercosul representa 25% e o México, 21%. Colômbia, Venezuela e América Central compõem o restante do bolo.

 


Veículo: Valor Econômico


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