Mercado no Brasil deve crescer acima de 16%, chegando a R$ 26 bilhões

Leia em 2min 10s

O faturamento das empresas do setor de refrigerantes no Brasil pode crescer mais de 16% neste ano, alcançando R$ 26 bilhões. Segundo um estudo da Lafis Consultoria, os bons indicadores do mercado de trabalho e renda no Brasil continuarão dando impulso a esse mercado, no qual as bebidas "diet" e "light" e as marcas tradicionais tendem a ganhar espaço.
 


Segundo o levantamento, apesar de o refrigerante perder espaço ao ser associado a hábitos não saudáveis de consumo, o setor pode tentar conquistar maior público no mercado em franca expansão para produtos de baixa caloria.
 


"Neste segmento, as águas engarrafadas e com sabor e aroma adicionados podem encontrar terreno fértil", afirma a analista responsável pelo estudo, Renata Cristina Alves.
 


Outra tendência que se verifica é a migração do consumo das marcas regionais em direção às tradicionais. O segmento nacional de refrigerantes – o terceiro maior do mundo, abaixo apenas dos EUA e do México – é dominado pelas grandes corporações, que têm apresentado ganhos de fatias de mercado no país.
 


Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não alcóolicas (Abir), a Coca-Cola terminou 2009 com 56,6% do mercado, ante 56,2% em 2008.
 


A participação da Ambev, por sua vez, saiu de 17,7% para 17,8%, enquanto a da Schincariol subiu de 3,4% para 4%. O grupo de "outros" fabricantes respondeu por 22,7% em 2008, e 21,6% em 2009.
 


"Esse comportamento pode ser justificado, basicamente, pelo fato de as grandes empresas conseguirem competir com as marcas regionais via preço. No mesmo sentido, considerando-se o maior poder de compra da população brasileira, os consumidores tendem a sofisticar seus hábitos de consumo, passando a preferir as marcas diferenciadas", explica a analista.
 


No ano passado, a produção brasileira de refrigerantes atingiu 14,34 bilhões de litros, o que representou um acréscimo de 1,3% ante 2008, como mostram os dados da Abir.
 


O faturamento do setor avançou 6,4%, para R$ 22,3 bilhões. O consumo per capita da bebida, por sua vez, alcançou 74,9 litros, ante os 74,6 verificados no ano anterior, de acordo com as informações da Lafis.
 


Neste ano, as vendas deverão chegar a 15,37 bilhões de litros, o que representará alta de 7,2%. Para 2011 e 2012, as vendas continuarão a trajetória de crescimento, expandindo-se em 6,4% e 3,6%, respectivamente.
 


"As empresas do setor estão indo muito bem. A saturação do mercado brasileiro está longe de acontecer", avalia Rafael Cintra, analista da Link Corretora.
 


Veículo: Valor Econômico
 
 


Veja também

Consumo de água de coco cresce 18% por ano

A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) queria saber como andava o consumo de ca...

Veja mais
Cadeia citrícola concorda em criar o Consecitrus

Políticas setoriais: Novo conselho nasce para harmonizar relações entre produtores de laranja e ind...

Veja mais
Produção e processamento de suco estão nas mãos de poucas empresas, diz estudo

Na última quarta-feira, a Citrus BR reuniu a cadeia citrícola para apresentar o mais recente levantamento ...

Veja mais
Lavazza vai investir no Brasil para fazer café

Giuseppe Lavazza pode ser considerado um xeque como os magnatas árabes do petróleo. Mas seu "ouro negro" n...

Veja mais
Consumo de água mineral cresce com avanço da classe C

A expansão da renda da população vai impulsionar o consumo de água mineral neste e nos pr&oa...

Veja mais
Heineken herda dívida de R$ 1 milhão

Cervejaria que comprou a Kaiser de Araraquara responde a três ações por não pagar o tratament...

Veja mais
Cervejas especiais ganham lojas e feiras temáticas

Bebida tem eventos como a Bierfest, até domingo (31), das 10 às 22 horas, no Pão de Aç&uacut...

Veja mais
Peruanos chegam ao Brasil para disputar mercado de refrigerantes

Ajegroup e San Miguel, dois grupos concorrentes dirigidos por irmãos, terão fábricas no País...

Veja mais
Argentina e Brasil puxam desempenho da Femsa

Os resultados da Coca-Cola Femsa no terceiro trimestre foram prejudicados pelas variações do câmbio ...

Veja mais