Master of Wine, o neozelandês Simon Nash não tem aquele ar blasé que tão importante título poderia dar a um expert de vinhos. Com descontração, ele tanto pode explanar sobre as propriedades dos vinhos da Matariki, vinícola da qual cuida do marketing e vendas, quanto pode surpreender o interlocutor com um cumprimento ao estilo Maori - um roçar de narizes, como o beijo de esquimós. Nash esteve no Brasil para comandar degustações na Expand, que representa aqui seus vinhos. Segundo ele, o maior desafio é mostrar para o consumidor que o vinho da Nova Zelândia não restringe a sauvignon blanc.
Nash não considera Chile e Argentina como concorrentes. "Estamos posicionados em uma categoria mais premium. Não temos volume, por isso nosso preço é alto. A Nova Zelândia responde por 0,5% da produção mundial." Para ele a crise tem efeito reduzido em seu negócio. "No máximo nosso público pode baixar de sete para seis dias por semana o consumo dos produtos Matariki." Como , por exemplo, os abonados brasileiros. "Vocês são curiosos, querem experimentar, por isso nossas vendas aumentam aqui." Criada em 1981, a Matariki tem 60 hectares onde se produzem de 45 a 50 mil caixas por ano. No portfólio da Expand existem nove rótulos da vinícola, entre eles o Aspire Pinot Noir 2006 (R$ 79).
Veículo: Valor Econômico