O lucro do terceiro trimestre da Coca-Cola Co., a maior fabricante mundial de refrigerantes, aumentou mais do que o estimado pelos analistas, com a expansão das vendas em mercados emergentes como China, Índia, Coréia do Sul, Turquia, Paquistão e Nigéria, que alcançaram índices de crescimento de dois dígitos. Segundo comunicado da companhia, o crescimento do Brasil em volume foi de 7%. A empresa colocou o País entre os com "forte crescimento de um dígito", junto com o Norte e Oeste da África, Oriente Médio e Leste Europeu. No Japão e na América do Norte o volume caiu 1% e 2% respectivamente. No trimestre, a receita operacional na América Latina foi de US$ 1,03 bilhão, ante US$ 835 milhões do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano a região alcançou receita operacional de US$ 2,89 bilhões, ante US$ 2,3 bilhões do ano anterior.
O lucro líquido global no trimestre cresceu 14%, para US$ 1,89 bilhão, ou US$ 0,81 por ação, informou a empresa, que tem sede em Atlanta (EUA). Excetuando-se alguns custos extraordinários, o lucro superou as previsões dos analistas em US$ 0,06 por ação. As vendas aumentaram 9,1% e mais de metade dessa expansão consistiu em benefícios de ordem cambial.
O principal executivo da empresa, Muhtar Kent, promoveu a Sprite e o Minute Maid nas economias emergentes e reduziu os custos de produção, o que amorteceu os efeitos da desaceleração das vendas verificada nos consolidados mercados norte-americano e europeu.
A Coca-Cola divulgou seus resultados um dia depois de a PepsiCo ter dito que seu lucro líquido diminuiu 9,6% e que os lucros do ano como um todo serão inferiores aos previstos.
"Pode haver uma turbulência econômica no curto prazo, mas a Coca-Cola sempre tende a dar a volta por cima em condições razoavelmente boas", disse Greggory Warren, analista da Morningstar Investment Services Inc.
A receita computada pela Coca-Cola no período de três meses encerrado a 26 de setembro subiu para US$ 8,39 bilhões, em relação aos US$ 7,69 bilhões do mesmo período do ano passado, uma vez que a Coca-Cola promoveu suas bebidas durante as Olimpíadas de Pequim. O volume de bebida comercializado subiu 5% em termos mundiais, com uma queda de 2% na América do Norte, informou a empresa.
No acumulado do ano, a receita líquida alcançou US$ 24,8 bilhões até setembro, ante US$ 21,5 bilhões do mesmo período do ano passado. O lucro operacional nos nove primeiros meses passou de US$ 5,7 bilhões em 2007 para US$ 6,7 bilhões este ano. Ainda no acumulado do ano, o lucro líquido em 2008 cresceu 1%, para U$ 4,8 bilhões.
Veículo: Gazeta Mercantil