AB Inbev promete investir R$ 2,5 bi no país este ano

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O presidente mundial da AB InBev, Carlos Alves Brito, informou ontem à presidente Dilma Rousseff que a empresa vai investir, somente neste ano, R$ 2,5 bilhões. O montante será voltado, principalmente, à expansão das plantas. A principal obra é a construção de uma nova fábrica em Pernambuco e outras ampliações no Nordeste, região que mais cresceu no país nos últimos anos. "Além disso, lançaremos novos produtos e vamos manter a tradição de investir em novas tecnologias", disse Brito.

 

O executivo expôs a evolução no nível de investimentos da empresa nos últimos dois anos. Em 2009, a AB Inbev investiu R$ 1 bilhão e, em 2010, outros R$ 2 bilhões. Mesmo sem ter sido explícito, o presidente da AB InBev se mostrou contrário aos estudos do governo para aumentar a tributação do setor de bebidas. "Nós cumprimos o nosso prometido: os investimentos anunciados foram realizados, aumentamos a arrecadação dos impostos do governo e geramos empregos. Foi um ganha-ganha para todos os lados", declarou.

 

No caso dos investimentos de 2010, Brito afirmou que foram gerados aproximadamente 20 mil vagas - dois mil empregos diretos e outros 18 mil indiretos. O executivo avalia que a construção da nova fábrica em Pernambuco terá a mesma capacidade de geração de empregos.

 

"Nós acreditamos que podemos aumentar em até 15% a nossa participação no mercado nacional", disse o executivo. Dentre os novos produtos lançados pelo grupo que contribuíram para o aumento no volume de vendas estão a Skol 360°, a Antártica Sub Zero e a nova garrafa de um litro retornável.

 

Brito lembra que o Brasil figura hoje no quarto lugar em volume de vendas no ranking de países que consomem as cervejas e os refrigerantes da InBev. O primeiro posto é ocupado pela China, em segundo lugar vem os Estados Unidos e, em terceiro, aparece a Rússia, com uma estreita diferença em relação ao montante consumido pelo Brasil.

 

O presidente não quis adiantar como a AB InBev planeja financiar a construção das novas fábricas. No fim do ano passado, o grupo teve que emitir debêntures para refinanciar uma dívida da companhia. Ele preferiu se limitar a dizer que o grupo terá condições de honrar seus compromissos contando, principalmente, com recursos próprios e outras linhas de financiamento disponíveis no mercado.

 


Veículo: Valor Econômico


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