A britânica SABMiller anunciou ontem que as vendas de cerveja, em volume, no quarto trimestre fiscal superaram as estimativas dos analistas, impulsionadas pelo crescimento no Peru e África, que compensaram o impacto da cobrança de impostos sobre a cerveja na Colômbia.
O volume de vendas orgânicas de cervejas, que exclui aquisições e vendas de operações, subiu 3%, acima da mediana das estimativas dos sete analistas consultados pela Bloomberg, de 1,5%. O crescimento anual, pelo mesmo critério, foi de 2%, segundo comunicado divulgado ontem pela SABMiller.
A receita anual, levando em conta uma taxa de câmbio constante e excluindo aquisições, aumentou 5%. Os custos com matérias-primas foram "ligeiramente mais baixos", embora tenham aumentado "moderadamente" no segundo semestre fiscal, de acordo com a SABMiller. As cervejarias deparam-se com fortes aumentos dos preços dos ingredientes usados na produção de cerveja, como a cevada.
"O desempenho geral financeiro do grupo está dentro de nossas expectativas", destacou a empresa no comunicado.
A SABMiller, que começou vendendo cervejas para os exploradores de ouro em 1895, está entre as cervejarias que voltaram suas atenções aos países emergentes para impulsionar o crescimento, já que as vendas estão estagnadas na Europa e Estados Unidos.
No Brasil, a empresa - líder em boa parte dos países da América do Sul - não tem operações. Mas a cervejaria britânica é uma das que estaria interessada na compra da Schincariol, dona de aproximadamente 11,2% da vendas em março passado, segundo informações de mercado.
A SABMiller, que tem sede em Londres e obtém a maior parte da receita na América do Sul, registrou aumento de 1% nas vendas, em volume, na região, mesmo depois do aumento dos impostos na Colômbia, em fevereiro de 2010, ter afetado as vendas e do clima chuvoso ter refreado o crescimento. Analistas previam declínio de 1,5%.
Veículo: Valor Econômico