Inaugurada em fevereiro com pelo menos dois meses de atraso, a fábrica da Ajebras, subsidiária do grupo peruano de refrigerantes AJE, está recebendo a sua segunda linha de produção. O objetivo é preparar a empresa para o lançamento do primeiro refrigerante tipo cola descafeinado do país.
"A obra do prédio atrasou, depois as máquinas demoraram a funcionar devidamente, mas agora estamos a todo vapor", diz Claudio Fontes, presidente da Ajebras.
O refrigerante da Ajebras, a Big Cola, está à venda no varejo do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo desde o final de fevereiro. "Estamos acertando a distribuição, negociando principalmente com supermercados", diz Fontes. Neste mês, a empresa deve aumentar a linha, com os sabores laranja, guaraná e limão. Em junho, está planejado o lançamento da Big Cola zero caloria e da bebida descafeinada, que teve a fórmula aprovada pelo Ministério da Agricultura.
Todos os refrigerantes da Ajebras, explica Fontes, terão um posicionamento de mercado bem definido. Segundo ele, enquanto os refrigerantes da Coca-Cola são os produtos premium do segmento, os da PepsiCo estão em uma faixa de preço 10% menor, por litro. As tubaínas ou 'refrigerecos', como se diz, custam até 40% menos, conta Fontes. "A Big Cola fica entre eles e a Pepsi, com preços 18% menores por litro que os da Coca-Cola", explica o presidente.
Mas há aí um detalhe: a Ajebras, diferente da maioria dos fabricantes, trabalha com embalagens de 2,75 litros e 1,75 litro - em vez de 3 litros e 2 litros, respectivamente. "Como a embalagem é ligeiramente menor, na prateleira, a diferença de preço fica maior", afirma ele.
Com um contrato de propaganda de três anos com o espanhol Futbol Club Barcelona, a empresa não o revela o investimento em marketing. Nem quanto pagou para o jogador Daniel Alves, lateral-direito do Barcelona, estar na atual campanha em veiculação no Rio de Janeiro. "Temos um plano de marketing que avança em três níveis", explica Fontes. O primeiro nível acontece quando a marca alcança de 15% a 30% da distribuição ponderada no mercado. Nessa etapa, a marca entra com inserções no canal aberto de TV de maior audiência e no horário nobre. "Esse é o estágio em que estamos no Rio de Janeiro", diz. Na segunda etapa, quando a distribuição cobre de 30% a 45% das praças, outros canais de TV são agregados. Já no terceiro nível, com a distribuição abrangendo de 45% a 100%, o número de inserções aumenta. (LC)
Veículo: Valor Econômico