A Coca-Cola Femsa, empresa do grupo Fomento Económico Mexicano S/A (Femsa), engarrafadora da Coca-Cola instalada na região Noroeste da Capital, assina hoje com o governo de Minas protocolo de intenção para construção de uma nova fábrica no Estado. Embora o município que abrigará a unidade ainda não esteja definido, uma fonte ligada às negociações afirmou que o empreendimento deve ser erguido em Itabirito (região Central), mediante investimentos superiores a R$ 100 milhões.
De acordo com a fonte, caso a cidade seja confirmada como destino do aporte, a planta seria instalada em um terreno localizado a dois quilômetros do condomínio Alphaville Lagoa dos Ingleses, próximo a Itabirito. No entanto, a Femsa ainda fechou questão em relação ao município que abrigará o empreendimento.
Ainda segundo a fonte, a provável escolha de Itabirito para abrigar a unidade está diretamente relacionada ao fato de a área em questão já ter licenciamento ambiental para a instalação de uma envasadora de bebidas, concedido há alguns anos para outro projeto que não foi adiante. Além disso, o local é de fácil acesso, o que viabiliza o escoamento da produção para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Em julho do ano passado, o DIÁRIO DO COMÉRCIO noticiou que representantes da Coca-Cola Femsa estavam negociando com a Prefeitura de Itabirito e com o governo do Estado a implantação de uma unidade em Minas. A informação foi confirmada na ocasião pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Magno de Almeida.
O terreno disponível, disse na época o secretário, era de 1,310 milhão de metros quadrados. Mas, segundo ele, o empreendimento não demandaria mais do que uma área de aproximadamente 300 mil metros quadrados para ser viabilizado. O objetivo da empresa seria o abastecimento da RMBH.
A Coca-Cola Femsa possui fábrica na região Noroeste de Belo Horizonte
De acordo com a fonte, a construção de uma nova planta é necessária porque o local onde está localizada a atual fábrica, na região Noroeste da Capital, entre a avenida Presidente Carlos Luz (Catalão) e o Anel Rodoviário, não comporta uma expansão, já que não existe espaço para ampliação.
A última vez que a Femsa ampliou a capacidade da planta de Belo Horizonte, para adequá-la ao aumento da demanda, foi no último trimestre de 2009. A empresa não confirmou, mas o aporte seria de aproximadamente R$ 50 milhões e os recursos teriam sido aplicados na área de sopro de garrafas pet e na aquisição de equipamentos para refrigeração das bebidas.
A nova unidade também atenderia ao crescimento da demanda verificado nos últimos anos no Brasil. Conforme a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afebras), o aquecimento da economia brasileira e o crescimento do poder de compra das famílias intensificaram o consumo de produtos antes considerados supérfluos, como os refrigerantes.
Veículo: Diário do Comércio - MG