O suco de uva integral está ganhando o mercado que antes era do vinho de mesa -aquele elaborado com uvas comuns (americanas, como bordô e isabel).
Nesta safra, subiu para 49% a parcela das uvas comuns que foram destinadas para a produção de suco no Rio Grande do Sul. Em 2004, essa parcela era de 24%, segundo dados do Ibravin (entidade do setor).
O aumento do consumo está relacionado aos benefícios da bebida para a saúde, com a vantagem, sobre o vinho, de não conter álcool.
Na vinícola Aurora, a proporção foi maior: de 30%, há cinco anos, para 70% neste ano, segundo o diretor-geral, Alem Guerra.
"O mercado brasileiro ainda é pequeno. O consumo per capita é de cerca de 0,8 litro por ano e tem capacidade de chegar a 2 litros em cinco anos."
Em três anos, a vinícola Perini triplicou sua produção de suco integral (sem adição de água e açúcar).
"O produto representava 7% da receita da empresa e hoje já está em 25%", diz o diretor Franco Perini.
A Cooperativa Vinícola Garibaldi investiu R$ 10 milhões em uma nova fábrica para a elaboração de suco de uva.
A capacidade de produção dobrou, para 3 milhões de litros, segundo o diretor Miguel Carraro Neto. (AK)
Veículo: Folha de S.Paulo