Produção da pilsen será reduzida.
A Cervejaria Premium, de Frutal, no Triângulo Mineiro, região privilegiada pela água da reserva natural do Aquífero Guarani, vai concentrar as vendas de rótulos especiais na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Hoje, segundo dados do setor, 8% das cervejas consumidas no Brasil são da categoria premium. De acordo com o diretor comercial, Ricardo Castilho, os grandes centros urbanos detêm as melhores oportunidades para a comercialização dessas bebidas.
Hoje, a fábrica da Cervejaria Premium produz 400 mil hectolitros de cerveja pilsen, das marcas Bella e Fass, volume que deverá ser reduzido ao longo do tempo, dando espaço para a cerveja premium, das marcas Bauhaus e Santa Fé, que devem encerrar o ano com a produção de 200 mil hectolitros.
"No Brasil, o consumo é quase que exclusivamente de cervejas tipo pilsen e a concorrência é forte. Porém, existe um crescente interesse do consumidor nas cervejas premium, e este nicho de mercado está em expansão em todo o país."
Com faturamento de R$ 40 milhões no ano passado, a empresa prevê um aumento de 20% dos ganhos para este ano. Castilho afirma que a média de crescimento da empresa nos últimos cinco anos é de aproximadamente 15% ao ano. A Cervejaria Premium possui 12 centros de distribuição (CDs), sendo seis em Minas Gerais. Os outros CDs estão instalados nos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo. "Nosso foco agora são só grandes centros urbanos, que estão mais preparados para o consumo de cervejas sofisticadas", aposta Castilho.
O mercado belo-horizontino apresenta as melhores oportunidades de comercialização dos produtos da empresa, conforme explicou o diretor comercial. "No interior de Minas, os consumidores ainda não são acostumados com as cervejas do tipo premium. Já na capital mineira, a maioria dos pontos de venda de bebida já oferece o produto." As marcas Santá Fé e Bauhaus podem ser encontradas em diversos pontos de Belo Horizonte, como supermercados, bares e restaurantes.
Estilo - A Cervejaria Premium pertence ao grupo Aralco, de Araçatuba, São Paulo. A fábrica iniciou suas atividades em 2005, voltada para produção de cerveja pilsen, com aporte de R$ 100 milhões. Em 2008, a empresa se deparou com a forte concorrência do mercado mineiro e mudou o nicho do mercado, apostando na produção de cervejas especiais.
Neste ano, a fábrica vai abrir um laboratório de pesquisa para a produção de novos tipos de cerveja. O projeto custou R$ 150 mil e deve produzir quatro novas marcas para o grupo, todos com estilo brasileiro. "Nós importamos malte e lúpulo da Alemanha e Estados Unidos, mas a produção das cervejas são para o paladar brasileiro", explica o diretor comercial.
Veículo: Diário do Comércio - MG