A multinacional japonesa Kirin, que em 2011 desembolsou R$ 6,3 bilhões para ter 100% da fabricante de bebidas Schincariol, não busca novas aquisições no Brasil por enquanto, diz Senji Miyake, presidente da companhia. "A Schincariol é suficiente para atender as expectativas da Kirin no momento", afirmou ontem, durante inauguração da ampliação da fábrica da Schincariol em Alagoinhas (BA).
A declaração foi uma resposta às especulações de que a Kirin estaria interessada em comprar a Petrópolis, que divide com a Schincariol a segunda posição no ranking nacional de cervejas. Em julho, a Petrópolis, dona da Itaipava, anunciou a instalação de uma fábrica também em Alagoinhas, na qual está investindo R$ 500 milhões.
O Nordeste é o principal mercado da Schincariol no país, onde a empresa detém cerca de 30% de participação, contra 15% da sua média nacional, medida pelo Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe). Na cerimônia em Alagoinhas, a 108 quilômetros de Salvador, estiveram presentes Gino Di Domenico, presidente da Schincariol no Brasil, e Jaques Wagner, governador da Bahia.
Os investimentos na ampliação da fábrica tiveram início em 2010 e somaram R$ 400 milhões. A capacidade de produção anual de Alagoinhas dobrou para 900 milhões de litros de cerveja e 400 milhões de refrigerantes. A expansão aumentou em 65% o total de empregos diretos, indiretos e terceirizados da fábrica, para 6,6 mil vagas. A fabricante aplicou ainda R$ 1 milhão para revitalizar a praça Primo Schincariol, a maior da cidade, que recebeu o nome do fundador.
Veículo: Valor Econômico