Após adiamento, cervejarias querem agora o fim do reajuste

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O Ministério da Fazenda adiou para abril de 2013 parte do aumento da carga tributária para a cerveja, que entraria em vigor na última segunda-feira (1º). As cervejarias brasileiras comemoram a medida, que, segundo a Associação Nacional da Indústria da Cerveja (CervBrasil), deve permitir às empresas manter trajetória de recuperação, após um primeiro semestre difícil para o mercado de bebidas. O setor agora brigará pela eliminação do reajuste em 2013.

Enquanto isso, os pequenos fabricantes de refrigerantes, representados pela Associação dos Fabricantes de Refrigerante no Brasil (Afrebras), veem injustiça na medida, que contemplou apenas a cerveja e não as demais bebidas frias afetadas pelo reajuste -água, refrigerante, energético e isotônico- e preveem novos fechamentos de fábrica no segmento este ano.

"Com o adiamento, o setor se comprometeu a manter os investimentos previstos, realizar compra de caminhões para renovação de frota, manter postos de trabalho e estimular a nacionalização de produtos agrícolas, hoje importados", diz o diretor da CervBrasil, Paulo Macedo. O fato de 60% dos insumos da cerveja serem importados fez o setor reajustar preços este ano, mesmo sem o aumento da carga tributária, devido à mudança do patamar cambial.

"Queremos mostrar, após esses seis meses, que a diferença de volume entre o que vendemos e o que deixaríamos de vender com o aumento é vantajosa para o governo", afirma o executivo. Assim, o setor deve pleitear novo adiamento ou a eliminação do reajuste, atingindo um equilíbrio entre carga tributária e o avanço da indústria.

Segundo o presidente da Afrebras, Fernando de Bairros, o aumento da carga tributária para refrigerantes prejudicará particularmente os pequenos fabricantes. "Neste ano, 16 pequenas indústrias fecharam suas portas, e com isso cerca de 5 mil postos de trabalho foram perdidos. Até o fim do ano, calculamos que se pode chegar a 20 empresas que abandonarão o setor", diz o empresário. Os pequenos produtores reivindicam maior igualdade no setor, com o fim das desonerações concedidas a grandes indústrias instaladas no Polo de Manaus.



Veículo: DCI


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