Altas temperaturas esquentam as vendas das fabricantes de bebidas

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Com a entrada do verão, demanda por cervejas e não alcoólicos chega a crescer até dois dígitos no varejo

Basta os termômetros registrarem temperaturas mais elevadas para que as bebidas evaporem das gôndolas dos supermercados. Com as festas de fim de ano e especialmente com o início do verão, as empresas aproveitam para alavancar vendas e lançar novos produtos.

No grupo Petrópolis, dono das marcas Crystal e Itaipava, “60% das vendas anuais de cervejas são feitas durante o verão”, disse Douglas Costa, diretor de mercado, em entrevista ao BRASIL ECONÔMICOem novembro.

Nas lojas do Grupo Pão de Açúcar, as vendas de cervejas especiais dobraram em dezembro do ano passado, em relação a 2011, enquanto as pilsen venderam 25% mais. Para atender à demanda, as empresas aumentam as equipes e trabalham sem parar. No grupo Petrópolis, as fábricas trabalham a todo o vapor desde o segundo semestre. As cervejas representam 95% do faturamento, cuja previsão era fechar 2012 em R$ 5,1 bilhões.

A pujança do segmento se traduz em números. Um levantamento de mercado apontou que o setor de alimentos e bebidas foi o que mais cresceu em 2012: 35,85% chegando a R$ 355,4 bilhões. A Ambev foi a companhia que mais ganhou em valor, chegando a R$ 264,2 bilhões, aumento de 40%.

Já o segmento de não alcoólicos teve crescimento de 17% nas vendas na rede Pão de Açúcar. A água de coco teve alta de 40%. O suco de caixinha cresceu 25% nas vendas, água mineral e os isotônicos, 22% cada. O crescimento desse tipo de produto vem estimulando as empresas a investir em lançamentos de linhas mais saudáveis.

Em novembro, o grupo Petrópolis lançou seu primeiro isotônico, o IronAge, após seis meses de pesquisas e investimentos iniciais de R$ 7 milhões. "Esse é ummercado que cresce cerca de 13% ao ano", explica Costa. A companhia também estuda a viabilidade de investir no lançamentos de águas, refrigerantes e sucos.

Nessa disputa pela sede do consumidor, não faltam ações promocionais e sobra criatividade. A PepsiCo espalhou vendedores ambulantes em praias do país, para ampliar as vendas de refrigerantes, águas e snacks. Além disso, lançou uma edição limitada das latas de Guaraná Zero, com desenho escolhido pelas redes sociais.

Já a Skol investiu na realização de shows com artistas brasileiros em praias do litoral paulista e carioca. A marca oferece aulas de surf nas praias e patrocina vários festivais de música pelo país. "Buscamos ações inovadoras, que tenham sinergia com o DNA da marca", conta Pedro de Sá Earp, diretor de marketing da Skol.


Veículo: Brasil Econômico


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