Maior destilaria do mundo em receita, a multinacional britânica Diageo informou ontem em seu balanço semestral que conseguiu aumentar em 20% o número de pontos de venda em que está presente no Brasil entre 2011 e 2012. A companhia não informou a que estágio chegou, mas o avanço faz parte de um plano de distribuição que visa alcançar 220 mil pontos de venda até o ano fiscal que termina em junho de 2017.
"Há um ano iniciamos a implementação de um novo modelo de distribuição no Brasil, o que exigiu uma adequação natural dos estoques no varejo, especialmente do pequeno varejo", informou em nota a Diageo no Brasil.
No ano passado, a multinacional comprou a Ypióca por R$ 900 milhões. Em agosto, Olga Martinez, que estava prestes assumir a presidência da Diageo, disse ao Valor que a meta era levar o portfólio ao varejo de pequeno e médio porte e aproximar as marcas ao consumidor da classe C, aproveitando os canais de distribuição da cachaça.
"A integração de Ypióca está progredindo e temos um crescimento em valor muito positivo. Estamos otimistas com o plano que estamos construindo para Ypióca nos próximos anos", disse Olga, ontem, por e-mail.
Líder mundial nos mercados de uísque e vodca, com as marcas Johnnie Walker e Smirnoff, respectivamente, a Diageo informou no balanço divulgado ontem que ganhou 2,6 pontos percentuais de participação de mercado de uísque no Brasil no período.
No balanço referente ao primeiro semestre do ano fiscal 2013, encerrado em dezembro de 2012, a Diageo informou que a operação brasileira teve desempenho "robusto", apesar de fatores como a depreciação cambial terem afetado preços no semestre. Questões relacionadas a estoque e impostos também pressionaram o resultado.
"Não houve nenhum tipo de problema relacionado a falta de estoque, apenas uma reacomodação pontual. Essa nova rota de mercado [termo usado para definir o plano de distribuição] vai permitir maior eficiência na distribuição e, consequentemente, um crescimento mais acelerado no Brasil", informou a equipe brasileira da multinacional.
O lucro líquido atribuído aos acionistas no semestre fiscal cresceu 61%, para 1,53 bilhão de libras (US$ 2,4 bilhões). O volume global vendido avançou 6%, para 88,8 milhões de unidades, e as vendas somaram 6 bilhões de libras esterlinas, 5% a mais que no ano anterior.
Veículo: Valor Econômico