O Grupo Vale Verde estima uma produção de pelo menos 300 mil litros de cachaça artesanal neste ano
A diversificação da linha de produtos está estimulando os negócios do Grupo Vale Verde. De acordo com a empresa, em 2012 o faturamento alcançou R$ 4,5 milhões, valor 20% superior ao registrado em 2011. A expectativa é manter o ritmo de crescimento e encerrar este ano com incremento de 10% a 15% na receita.
Segundo a gerente de Marketing da Vale Verde, Jacqueline Pereira, as expectativas em relação a este ano são positivas e o crescimento do faturamento da empresa será estimulado, dentre outros fatores, pelo lançamento de novos produtos.
"No final de 2012 lançamos duas novas bebidas, o licor de café 1727 e o Canavino, o que vai contribuir para expandir o faturamento do grupo. Nossa campanha de marketing nos primeiros meses deste ano será focada na divulgação desses produtos e na expansão do mercado. Além disso, vamos continuar divulgando as demais bebidas", diz.
De acordo com Jacqueline, a comercialização dos novos produtos superou as expectativas da empresa. "São bebidas inovadoras e que têm agradado os consumidores", ressalta.
O licor de café 1727 foi distribuído para o mercado em agosto de 2012. As vendas nos primeiros dois meses alcançaram 3 mil litros, volume muito maior que os 1 mil litros planejados pela empresa. A receita da bebida demanda um grão premium arábica, do tipo exportação, originado do Cerrado mineiro. Ele passa por processo de extração do sabor e do aroma por meio do gás carbônico, denominado extração crítica por arraste. A expectativa é vender 38 mil litros do licor ao longo deste ano.
A demanda crescente também é observada na comercialização do Canavino, bebida fermentada à base de cana-de-açúcar, que tem o sabor similar ao do vinho branco. De acordo com Jacqueline, a bebida foi disponibilizada para o mercado no fim do ano passado e as vendas registradas ao longo da segunda quinzena de dezembro alcançaram mil litros.
Mercado - Atualmente o produto é comercializado em Minas Gerais, São Paulo e no Nordeste. Nos próximos meses a expectativa é distribuir para o restante do país. "Nossas expectativas são muito positivas em relação às vendas das novas bebidas. Nosso objetivo é comercializar nos próximos meses pelo menos 3,2 mil litros do Canavino, e fechar o ano alcançando 28 mil litros", avalia.
No ano passado, o Grupo Vale Verde produziu cerca de 250 mil litros de cachaça, que movimentaram aproximadamente R$ 4,5 milhões. A expectativa é produzir neste ano pelo menos 300 mil litros de cachaça. O processamento da cana-de-açúcar começa em maio e será concluído em outubro. O grupo tem no seu portfólio as cachaças Vale Verde três anos, Minha Deusa, Vale Verde 12 anos, Licor do Mestre, a Gelatina de Cachaça, Mel do Vale, Licor de Café 1727 e o Canavino.
Apesar da demanda internacional crescente pela cachaça brasileira, a Vale Verde não pretende exportar a bebida ao longo deste ano. O posicionamento se deve ao processo de produção, que tem custo elevado quando comparado com as cachaças industrializadas.
"Por ser uma bebida 100% artesanal, os custos de produção são elevados, e o produto chegaria ao mercado internacional com preços muito superiores aos praticados pelas demais cachaças presentes no exterior. Além disso, nosso volume produtivo é suficiente apenas para atender a demanda interna", enfatiza Jacqueline.
Veículo: Diário do Comércio - MG