Calor demais para a viticultura

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As áreas adequadas à viticultura poderão sofrer uma redução de Bordeaux à Austrália, pois as mudanças climáticas estão transferindo a produção de vinhos para latitudes e regiões mais elevadas tanto na Nova Zelândia e quanto no Hemisfério Norte.

Um estudo publicado pelo periódico "Proceedings of National Academy of Sciences of the United States of America" afirma que as áreas adequadas ao cultivo de uvas poderão diminuir 68% na Europa mediterrânea até 2050, e 73% nas regiões da Austrália com o chamado clima mediterrâneo. As áreas apropriadas da Nova Zelândia irão mais que dobrar, com um aumento também no norte da Europa e oeste da América do Norte, afirma o estudo.

Um aumento de 0,2ºC na temperatura por década vem sendo projetado para os próximos 20 anos dentro de uma série de cenários que levam em conta o aquecimento global, segundo afirma o Intergovernamental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas). A emissão contínua dos gases do efeito estufa nos níveis atuais ou acima deles provocaria um maior aquecimento, induzindo a muitas mudanças no clima mundial durante este século, afirma a Organização das Nações Unidas.

"A redistribuição da produção de vinho poderá ocorrer dentro dos continentes, mudando das regiões tradicionais de cultivo, que estão produzindo menos, para novas áreas adequadas", escrevem os autores do estudo. "Em maiores latitudes e elevações, áreas que hoje não são adequadas para a viticultura deverão se tornar mais propícias."

O estudo usou 17 modelos de clima para estimar as mudanças na adequação à viticultura e o impacto sobre o uso da água e do habitat natural.

A adequação à produção de vinhos também vai cair no vale do Rhône, na França, e na Toscana, na Itália, até 2050, diz o estudo.

Uma população global crescente e mais rica provavelmente irá estimular a demanda por vinhos e garantir o cultivo de uvas nas atuais áreas produtoras até onde a disponibilidade de terras e água permitir, e também a expansão para novas áreas, continua o estudo.



Veículo: Valor Econômico


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