Anheuser-Busch InBev, maior fabricante de cerveja do mundo, pretende fazer aquisições na China. O consumo da bebida vem crescendo neste que é seu terceiro maior mercado. Os negócios na China estão crescendo a uma taxa de "dois dígitos", "o que é muito bom", disse Carlos Brito, CEO da companhia.

Ele participou de um fórum em Hainan (China) no domingo. "Também temos planos de crescimento inorgânico, uma vez que há partes do país onde não temos cervejarias, mas vendemos nossas marcas. Faz sentido ter unidades de produção perto do local de consumo", disse Brito.

AB InBev, dona das marcas Budweiser, Brahma e Skol, entre outras, vai aumentar neste ano seus investimentos para US$ 3,7 bilhões, no momento em que aplica mais em expansão da capacidade no Brasil [entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,4 bilhões] e na China.

Brito disse que o potencial de crescimento do mercado cervejeiro na China é "enorme", já que os níveis de consumo per capita são muito menores do que em outras partes do mundo.

AB InBev pretende construir fábricas de cerveja na China ocidental nos próximos três anos e vai se concentrar no crescimento de regiões além das províncias costeiras, segundo disse Brito. A AB InBev fez, no ano passado, uma mal sucedida proposta de compra pelos ativos de produção de cerveja da Kingway Brewery Holdings de Guangdong.

A China Resources Snow Breweries, controlada em conjunto por SABMiller e China Resources Enterprise, apoiada pelo governo chinês, acertou em 5 de fevereiro a compra desses ativos por 6,6 bilhões de dólares de Brito disse que a AB InBev tem duas semanas para submeter ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos o acordo final sobre a compra da fabricante de cerveja mexicana Modelo, depois de ter recebido em princípio um sinal verde para a operação. O documento final, segundo ele, será bastante parecido com a oferta revista apresentada pela companhia em 14 de fevereiro deste ano.

A AB InBev acertou em junho do ano passado a compra dos restantes 50% da Modelo que ainda não tinha, por US$ 20,1 bilhões, o que lhe deu o controle integral sobre a fabricante da cerveja Corona. Após ser processada pelo Departamento de Justiça, a AB InBev alterou termos de sua aquisição em 14 de fevereiro, para satisfazer as autoridades de defesa da concorrência dos Estados Unidos



Veículo: Valor Econômico