Brasil e Coreia do Sul enfraquecem negócios de empresas como Diageo e SABMiller
As companhias globais de bebidas Diageo e SABMiller divulgaram quedas nas vendas do primeiro trimestre nos principais mercados emergentes ontem, culpando as condições econômicas mais fracas que forçam consumidores a gastar menos.
Os enfraquecimento dos negócios acrescentam evidências de que mercados como Brasil e Coreia do Sul estão desacelerando, e que isso está se refletindo nos gastos dos consumidores em bens de consumo eventual.
Mas a cervejaria SABMiller teve alguns pontos positivos, incluindo em partes da África e também no Leste Europeu, onde novos lançamentos de produtos premium ajudaram a impulsionar as vendas.
A Diageo, fabricante do uísque JohnnieWalker e da cerveja Guinness, disse que o volume caiu 1% nos três meses até o final de março, e o crescimento das vendas foi de 4 %, abaixo das previsões, apesar da força em seu maior mercado, o de destilados nos EUA.
O crescimento desacelerou em todas as regiões em mercados emergentes da Diageo, notando- se um sentimento fraco do consumidor particularmente no Brasil, onde as vendas no varejo caíram, à medida que consumidores sentem o aperto de uma economia de crescimento lento e inflação em alta.
“Dadas as nossas posições de mercado e diversidade geográfica continuamos confiantes de que o desempenho da Diageo continua a estar em linha com a nossa orientação a médio prazo”, disse o presidente-executivo da Diageo, Paul Walsh, em um comunicado.
A cervejaria SABMiller também sinalizou uma demanda fraca na América Latina. A empresa informou um aumento total de 3% no volume de cerveja lagger no trimestre, em linha com as estimativas, mas divulgou uma surpreendente queda de 1% na América Latina, sua maior região. A SABMiller não tem uma presença significativa no Brasil, mas tem mais de 90% do mercado na Colômbia, Equador e Peru, onde vende marcas como Aguila e Cusqueña.
O grupo de destilados francês Remy Cointreau divulgou crescimento trimestral de vendas melhor do que o esperado, de 12,4%.
Veículo: Brasil Econômico