Expocachaça deve movimentar R$ 19 milhões em negócios. Produtores vão apresentar seus rótulos e aproveitar o evento para pedir ao governo que os tributos da bebida sejam reduzidos
Doses da pura cachaça artesanal, fabricada de norte a sul do estado, poderão ser degustadas durante a 22ª edição da Expocachaça, que acontece entre 6 e 9 de junho, na Superagro. A bebida produzida em alambiques e envelhecida em tonéis de bálsamo, de carvalho, amburana, jequitibá-rosa será o destaque da exposição, que pode movimentar, segundo os organizadores, até R$ 19 milhões em negócios.
Os produtores prometem aproveitar o encontro para reforçar antigo pleito do setor de redução da carga tributária. Os impostos podem atingir 30% do preço do produto que chega para a apreciação do consumidor. Trajano Raul de Lima, presidente da Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq), explica que os 100 associados da entidade estão inseridos no mercado formal e por isso receberam o selo de qualidade da associação. No entanto, a informalidade empurrada pelo peso da tributação ainda é um desafio no estado. “É preciso reduzir o ICMS da cachaça artesanal, de 18% para 7%.” Segundo Trajano, o segmento aguarda decisão do Congresso Nacional para que o produto possa voltar a ser inserido no sistema de tributação Simples.
Este ano a Expocachaça acontece em clima de otimismo quanto às exportações, depois de os Estados Unidos terem reconhecido a bebida como produto genuinamente brasileiro. Minas Gerais é líder nacional na produção de cachaça de alambique, com volume anual estimado em cerca de 260 milhões de litros, o que equivale a aproximadamente 60% da produção nacional. Participam da Expocachaça associações, cooperativas, entidades do setor e empresas de insumos, equipamentos e serviços de apoio à produção e comercialização do destilado.
Veículo: Estado de Minas