Importação de vinho cai no primeiro semestre

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Para garantir maior volume de exportações, grandes fornecedores como o Chile oferecemprodutos mais baratos

O Brasil importou menos vinhos finos no primeiro semestre de 2013. A queda foi de 4,1% ante o mesmo período do ano passado. Fornecedores como Chile e Argentina — que juntos respondem por mais da metade (57,65%) das compras externas do produto ou apresentaram leve queda no volume de vendas para o país — caso do Chile, com-0,2%— ou ficaram estagnados, a exemplo da Argentina, comredução de 0,05%.

Aretração, segundoAdãoMorellatto, da International Consulting, responsável pelo levantamento, se deu, principalmente, emfunção do aumento cambial. Omovimento beneficiou o setor vitivinícola brasileiro, que de janeiro a abril desse ano cresceu 13,2% a venda de vinhos, espumantes, sucos e bebidas derivadas da uva sobre omesmo período do ano passado, chegando a 106 milhões de litros no mercado interno, contra 94 milhões do anos anterior, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

“É impossível prever o volume de importação de vinhos este ano. Ainda há um grande volume armazenado nas empresas, necessitando de escoamento”, explicaMorellatto.

De acordo com o levantamento, os recuos mais expressivos das importações vieram da Itália (-16%) e Portugal (-12%) e apenas apenas França e Espanha apresentaram resultados positivos nas vendas (4,4% e 0,5%, respectivamente) no período. Na comparação anual, segundo a consultoria, enquanto nos últimos quatro anos omercadode vinhos importados crescia a uma média de 13,5% ao ano, em 2012 o resultado foi demenos 1,01%.

De acordo com o consultor, para garantirumbomvolume de exportações, grandes fornecedores como o Chile, por exemplo, vem mantendo uma estratégia de oferecer vinhos até 23%mais baratos que os da Argentina.

“Dos 370 milhões de litros de vinho consumidos por ano no país, 140 milhões são classificados como vinhos finos, sendo que, desse total, 110 milhões de litros são importados e os 30 milhões restantes, de fabricação nacional”, observa Adolar Hermann, diretor da importadora Decanter, de Blumenau (SC).


Veículo: Brasil Econômico


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