Diageo continua com sede de aquisições

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A Diageo PLC tem apostado nos últimos anos em mercados emergentes de rápido crescimento como a América Latina, a China e a Índia, para compensar vendas fracas em mercados maduros.

Agora, o novo diretor-presidente da empresa, Ivan Menezes, acredita que o aquecido mercado de bebidas destiladas nos Estados Unidos vai impulsionar o crescimento futuro e não descartou a possibilidade de uma possível oferta pela Beam Inc., dona da marca de bourbon Jim Beam, uma das líderes do mercado americano, para reforçar seu domínio do mercado.

Menezes, que assumiu a presidência executiva em 1o de julho, disse que a crescente confiança na economia americana e uma "cultura do coquetel" que vai se criando no país estão gerando demanda por bebidas alcoólicas de luxo. A fabricante britânica divulgou na quarta-feira um aumento nos lucros anuais, apesar dos sinais de desaceleração de alguns mercados.

Analistas dizem que a onda de aquisições e a intensa campanha de marketing da francesa Pernod Ricard SA nos últimos anos prejudicaram as marcas da Diageo.

Ao procurar aquisições para gerar mais crescimento, Menezes está tomando um caminho semelhante ao de seu antecessor, Paul Walsh, que em 13 anos como diretor-presidente tornou a Diageo na maior fabricante de bebidas do mundo, focada em mercados de alto crescimento e marcas de alta classe. Walsh liderou as bem-sucedidas ofertas pela cachaça brasileira Ypioca, pela fabricante turca de raki Mey Içki e pela chinesa Shui Jing Fang.

Analistas dizem que a Diageo está bem posicionada para continuar sua estratégia de aquisições. "Cremos que as finanças robustas da Diageo dão margem a novas aquisições", diz Ian Shackleton, analista da Nomura.



Veículo: Valor Econômico


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