Heineken amplia linha da Kaiser com cerveja premium

Leia em 3min 40s

A Cervejaria Heineken aposta na inovação para ampliar sua presença no Brasil e reverter a desaceleração observada no consumo interno de bebidas alcoólicas, que registrou uma queda de 1,8% entre os meses de janeiro e abril deste ano ante o mesmo período de 2012, de acordo com dados da consultoria Nielsen.

Pensando nisso, a multinacional de origem holandesa escolheu a Kaiser, sua quinta maior marca em volume, para trazer ao País a Kaiser Radler, cerveja premium que mistura 40% de álcool com 60% de suco de limão.

A companhia não divulgou o aporte realizado para levar a linha ao Brasil, mas afirmou que o produto já representa 10% do volume comercializado por outras marcas da empresa na Europa.

"O mercado brasileiro será o primeiro da América Latina a receber essa nova categoria. Por isso, fizemos algumas adaptações na fábrica instalada em Araraquara (SP) para viabilizar a produção. Até junho de 2014, vamos eleger uma nova unidade fabril para ampliar o volume da Kaiser Radler", explicou a diretora de marcas Mainstream da Heineken, Mariana Stanisci, durante apresentação oficial do produto.

De acordo com a executiva, as regiões Sul e Nordeste são as mais cotadas, até o momento, para receber as novas linhas de produção em 2014. Apresentada ao público brasileiro como uma nova categoria de cerveja, a Kaiser Radler reforça o plano da empresa de acrescentar à marca Kaiser - mais popular - um item com maior valor agregado. O preço sugerido pela empresa é de R$ 1,70.

"Estamos muito confiantes com esse lançamento. Já iniciamos a distribuição do produto em lojas de conveniência e no grande varejo. Além disso, vamos investir bastante em marketing para expandir o conhecimento da linha no País", disse Stanisci.

Originária da Alemanha, a linha Radler expandiu-se com rapidez por diversos países do continente europeu após seu lançamento na Áustria, em 2007. Até o final de 2014, a marca deve chegar a mais 44 países em todo mundo.

Consumo

De acordo com analistas, a expansão da Radler no continente europeu foi uma das estratégias utilizadas pela multinacional para alavancar as vendas na região, que registra uma queda geral no consumo de cervejas motivada pelas incertezas econômicas.

Nesse período, a marca também voltou seus olhos com mais atenção para outros mercados que oferecem um bom espaço para crescimento como o continente africano, com a Nigéria, e a América Latina, com o Brasil.

Hoje, a empresa possui 8,4% de participação no mercado nacional de cervejas, reunindo todas as marcas de seu portfólio, segundo analistas de mercado. Já a gigante, e principal concorrente, Ambev possui 70% de market share.

Dessa maneira, a companhia aposta na chegada da Kaiser Radler ao País para ampliar um pouco mais suas vendas na região. "Acreditamos e apostamos na inovação de portfólio como uma forma de manter o crescimento da marca e aquecer o consumo", explicou a diretora de marcas Mainstream da Heineken.

Em relação à desaceleração observada no consumo interno de cerveja, a executiva afirmou que os últimos levantamentos já demonstram uma reação do setor, e que o cenário deve ficar mais positivo no ano que vem, com a chegada da Copa do Mundo.

Nos primeiros nove meses deste ano, a produção nacional de cervejas registrou uma queda de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal.

No terceiro trimestre de 2013, a produção registrou retração de 2,3% em relação a igual período de 2012, o que configura a terceira queda trimestral apurada neste ano. No primeiro e no segundo trimestre, os decréscimos foram, respectivamente, de 0,4% e 3,4%.

Os resultados ressaltam o momento desafiador vivido pelo segmento de cervejas no País. Com produção de 13,7 bilhões de litros no último ano, o setor vem enfrentando a questão tributária e o aumento nos preços de algumas matérias-primas.

Além disso, muitos fabricantes já promoveram repasses de preços ao longo deste ano, como no caso da Ambev. Dessa forma, apesar da queda no volume comercializado, as grandes empresas estão compensando esse decréscimo com um faturamento maior, proporcionado pelo lançamento de categorias premium e pelo aumento nos valores finais.

Segundo dados da Nielsen, o faturamento do mercado de bebidas alcoólicas cresceu 5,9% entre janeiro e abril de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o consumo registrou queda de 1,8%.



Veículo: DCI


Veja também

São Paulo sediará, de 23 a 25 de outubro, o 3º Congresso Brasileiro de Bebidas

No maior evento de bebidas nacionais do País são esperadas mais de sete mil pessoas Entre os dias 23 e 2...

Veja mais
Eisenbahn “agradece” nas latas personagens da história da cerveja

A Brasil Kirin lança uma edição especial da cerveja Eisenbahn. Trata-se da Coleção Ei...

Veja mais
Maguary revitaliza a linha VitaKids

A marca Maguary, da Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos (ebba), atenta aos desejos do consumidor, inova mais uma v...

Veja mais
Amazon Guaraná aposta na brasilidade

Com pouco mais de um ano no mercado, a AMAzon amplia seu portfólio de bebidas com os novos sabores AMAzon Guaran&...

Veja mais
Amazon Guaraná aposta na brasilidade

Com pouco mais de um ano no mercado, a AMAzon amplia seu portfólio de bebidas com os novos sabores AMAzon Guaran&...

Veja mais
Setor vitivinícola cobra enquadramento no Simples Nacional

O setor vitivinícola nacional está pleiteando junto ao governo federal a inclusão das empresas no e...

Veja mais
Preço do suco exportado recua neste mês

As exportações de suco de laranja iniciaram o mês com valor de US$ 794 por tonelada, conforme dados ...

Veja mais
Cereser busca novos mercados para exportação

A empresa participa da maior feira internacional de alimentos e bebidas, na Alemanha   ...

Veja mais
Ebba lança linha Dafruta Refresh

O lançamento chega em embalagens cartonadas de 1 litro e brevemente, poderão ser encontrados em latas de 3...

Veja mais