A cervejaria holandesa Heineken, dona também dos rótulos Kaiser e Bavaria, começou a produzir "Kaiser Radler" no Brasil, uma bebida composta por 40% de cerveja, 60% de suco de limão e 2% de teor alcoólico.
O lançamento é uma das apostas da companhia para impulsionar suas vendas no país, onde os volumes comercializados recuaram "um dígito médio" no primeiro semestre, principalmente devido à performance mais fraca das marcas de preço intermediário (Bavaria e Kaiser).
Com cerca de 8% do mercado, a Heineken está entre as quatro maiores fabricantes de cerveja do Brasil, bem distante da líder Ambev, que tem quase 70%.
Com faixa de preço posicionada entre a Kaiser tradicional e a Heineken, a Kaiser Radler já pode ser encontrada nas prateleiras dos supermercados e bares, mas a campanha de marketing oficial só deve ir ao ar em janeiro. A agência contratada foi a Talent.
A fórmula "radler" começou a ser espalhada pela Heineken na Europa a partir de 2007. Tradicional da região Baviera (Alemanha), a receita deve ser levada pela Heineken a 44 países até o fim do próximo ano.
Segundo Mariana Stanisci, diretora de marcas "mainstream" da Heineken, a "radler" representa cerca de 10% dos volumes de cerveja vendidos nos países onde a fórmula já está presente.
Por enquanto, a Kaiser Radler será produzida na unidade de Araraquara (SP), uma das sete fábricas da Heineken no Brasil. Até o fim do primeiro semestre, a cervejaria deve definir em que outras fábricas também será produzida a bebida.
Popular no México, a mistura de limão com cerveja não é exatamente uma novidade no Brasil. Em 2006, a Ambev lançou um produto semelhante à Kaiser Radler, a Skol Lemon, mas a bebida não teve aceitação suficiente para se fixar no portfólio da companhia até agora.
Ontem, Mariana disse que a Kaiser Radler será um produto permanente no portfólio da Heineken no Brasil.
De janeiro a setembro, a produção total de cerveja no Brasil caiu 2%, em relação a igual período de 2012, segundo dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal.
Somente no mês passado, a queda foi de 3,9%, na comparação anual. No acumulado do terceiro trimestre, os volumes fabricados apresentam retração de 2,4%.
Veículo: Valor Econômico