Proposta de mudança na lei que permitirá a adição de ingredientes como leite e mel nas receitas agrada cervejarias catarinenses
Cerveja com canela e frutas vermelhas, mel, chocolate e até leite. Estas combinações se tornaram comuns nas prateleiras brasileiras e aguçam o paladar dos clientes, mas ainda esbarram em uma questão legal. Hoje, a legislação do país não permite a utilização de aditivos de origem animal na composição das receitas. Mas essa realidade está para mudar.
Atendendo aos pedidos de cervejeiros artesanais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou uma consulta pública para alterar a legislação. O objetivo é fixar os padrões mantendo a qualidade da cerveja fabricada no país e estender a adequação da lei para as nações da América Latina.
O sócio-gerente da cervejaria Bierland, Eduardo Krueger, explica que o crescimento do mercado de cerveja artesanal mostra o quanto o público brasileiro está interessado e busca as novidades para consumir, mas o fato de não poder produzir mais tipos de cerveja prejudica o segmento.
– Uma proposta como esta amplia as possibilidades de criar novos produtos. Nós temos um consumidor cada vez mais instruído, que procura não só produtos, mas informações – afirma. Para ele, a legislação brasileira está defasada em relação às grandes escolas cervejeiras como Alemanha, Inglaterra, Bélgica e EUA.
– Eu estive na primeira reunião do Ministério da Agricultura, em Brasília. Isso vai permitir que os cervejeiros sejam mais criativos e competitivos – diz Alexandre Mello, diretor-financeiro da Associação dos Cervejeiros Artesanais de SC (Acerva-SC).
Veículo: Diário Catarinense