O CEO da Anheuser-Busch InBev, Carlos Brito, disse que está disposto a fazer aquisições se as circunstâncias forem boas, apesar de que esses acordos não sejam fundamentais para que a maior cervejaria do mundo prospere.
“Sempre buscamos oportunidades. Se elas surgirem com preço e condições adequados, vamos analisar”, disse ele em entrevista ontem. “Caso contrário, preferimos não comprar a fazer um mau negócio”.Os comentários de Brito seguem-se a uma nova onda de especulação sobre aquisições no setor cervejeiro nos últimos meses.
Embora a SABMiller tenha sido rejeitada quando tentou adquirir a Heineken neste ano, a iniciativa reacendeu os rumores de que algum tipo de negócio poderia acontecer em breve.O crescimento nos mercados em desenvolvimento e emergentes também desacelerou, o que faz com que as cervejarias tenham mais dificuldade para revigorar as vendas só com a expansão orgânica.
A AB InBev subiu 1,2 por cento, para 88,83 euros ontem em Bruxelas. As ações aumentaram 15 por cento neste ano e as da SABMiller subiram quase a mesma quantidade.No mês passado, a AB InBev registrou o crescimento de lucros mais lento desde o primeiro trimestre de 2013. A empresa, com sede em Louvain, Bélgica, disse que o trimestre foi um “caso isolado” em relação ao desempenho dos lucros e que não é um indicador para o ano.
Embora a principal especulação seja de que a AB InBev iria comprar a SABMiller, a segunda maior cervejaria do mundo, há outros alvos possíveis, inclusive fora do setor cervejeiro.Há muito a AB InBev e seus assessores vêm estudando se a fusão com a PepsiCo Inc. teria sentido estratégico e financeiro, disseram fontes do setor.
A AB InBev ganhou quase US$ 90 bilhões em acordos nos dez últimos anos, incluindo a aquisição da Budweiser em 2008.
Veículo: Portal Exame