Volume de vendas de cerveja de maior valor agregado da companhia cresceu 3,4% no segundo trimestre, enquanto alta das vendas do grupo foi de 0,1%
São Paulo - As vendas de cerveja do Grupo Heineken cresceram 0,1% no segundo trimestre sobre um antes, a 55 milhões de hectolitros. Foi o segmento premium que puxou o resultado, com alta de 3,4% no volume.
Nas Américas a companhia também registrou avanço de 1,7% nas vendas de cerveja, no período, sendo que o segmento premium teve expansão de 2,6% no último trimestre. "Em particular, vimos o crescimento do volume em dois dígitos nos mercados da China, Brasil, Vietnã, Espanha e Compañía Cervecerías Unidas SA (CCU) [empresa chilena]", destacou a fabricante holandesa de bebidas, em nota à imprensa.
De acordo com a Heineken, as vendas no Brasil foram um dos principais fatores que impulsionaram o resultado da marca de cerveja premium mexicana Sol.
No resultado consolidado, que inclui as cervejas populares, a companhia cita o efeito positivo da Copa do Mundo nas vendas em igual período do ano passado como um dos fatores que impactou o resultado no último trimestre.
"O volume no segundo trimestre também incluiu um impacto negativo a partir do momento que antecede a Páscoa. Mas a Heineken viu ganhos de market share em vários dos seus principais mercados, incluindo Vietnã, Países Baixos, Polônia, Estados Unidos e Brasil", destaca a fabricante, em nota.
Nos primeiros seis meses do ano, a companhia acumula ganhos de 1% em volume total de vendas e 4,7% no segmento premium. As regiões da Ásia e Pacífico (+6,1%), Américas (+3,6%) e África e Oriente Médio (+2,8) são os destaques positivos do grupo no período, com Europa Central (-2,0%) e Europa Ocidental (-0,3%) registrando queda nas vendas.
"Embora as condições econômicas e o ambiente de preços em determinados mercados-chave para nós continuem desafiadores, estamos confiantes do progresso contínuo e as expectativas para o ano se mantêm inalteradas", afirmou nesta segunda-feira (3) o presidente da companhia, Jean-François van Boxmeer.
A receita consolidada da Heineken no primeiro semestre somou 9,89 bilhões de euros alta de 1,9% contra igual período do ano anterior. Já o lucro operacional consolidado, antes de itens não recorrentes, cresceu 3,4% para 1,55 bilhão de euros no semestre.
Perspectiva
O grupo holandês espera encerrar o ano com crescimento das receitas e avanço moderado do volume de vendas em relação a 2014. Para isso, a aposta é que o aumento do volume de vendas em mercados em desenvolvimento compense o avanço em menor ritmo em outras regiões.
A receita por hectolitro também deve aumentar, segundo a Heineken, impactada positivamente pela gestão de receitas. "Estamos empenhados em oferecer mais economia de custos e como resultado das iniciativas de produtividade em curso, esperamos um declínio orgânico no número total de empregados em 2015", anunciou a companhia.
Veículo: Jornal DCI