Desaparecidas dos supermercados há alguns anos, as garrafas reutilizáveis representam hoje quase 43% dos mais de 13 bilhões de litros de cerveja consumidos no país anualmente. A crise econômica fez com que a indústria cervejeira ressuscitasse as garrafas retornáveis no Brasil.
Além de mais barata, o modelo também colabora com o meio-ambiente. Depois de comprar o primeiro vasilhame, a cerveja de 600 ml fica em média 30% mais em conta do que as opções descartáveis (depois da primeira compra). Com menos dinheiro no bolso, o consumidor prefere economia à conveniência.
Até meados dos anos 1990, garrafas retornáveis eram comuns entre os bebedores de cerveja no Brasil. Com a estabilidade econômica e o boom das opções em lata no país, este modo de consumo, que implica um leva e traz de vasilhames, ficou quase esquecido durante os anos 2000. A indústria da cerveja começou a notar a retomada desta necessidade por volta de 2014, com o acirramento da crise econômica.
Até então, garrafas retornáveis não chegavam a 30% do total -- quase todas restritas a bares e restaurantes, que nunca perderam o costume de trocá-las. Hoje, cinco anos depois, retornáveis já representam 43% do mercado.
Representantes da indústria argumentam que é preciso oferecer todas as opções possíveis para o consumidor e não pensar apenas na questão econômica.
Segundo Lucien Belmonte, superintendente da Abividro (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro) afirma que a comodidade ainda é levada em consideração. "O que manda e regula o mercado é a característica do consumo. Retornáveis são legais, mas se você está em frente a um bar ou em alguma festa por aí, vai preferir uma long neck, um meio descartável", declarou "A indústria tem de se colocar à disposição das escolhas do consumidor. ”
*Com informações Economia UOL
Fonte: JM Online